quarta-feira, 29 de setembro de 2010

SWU - Programação Completa






09/10
Palco ar
16h18 às 16h48 - Black Drawing Chalks
17h39 às 18h39 - Infectious Grooves
19h50 às 20h50 - Los Hermanos
22h06 às 23h51 - Rage Against the Machine



Palco água
15h45 às 16h15 - Brothers of Brazil
16h51 às 17h36 - Macaco Bong
18h42 às 19h42 - Mutantes
20h58 às 21h58 - The Mars Volta



Heineken Greenpeace
15h às 16h - Glocal
16h às 17h - Killer On The Dancefloor
17h às 18h - The Twelves
18h às 19h15 - Dave "Switch" Taylor
19h15 às 20h45 - MSTRKFRT
20h45 às 22h - Crystal Method
0h à 1h - DJ Marky
1h15 às 2h15 - Steve Angello



Oi Novo Som
14h40 às 15h10 - Letuce + quinhO
15h30 às 16h - Superguidis
16h20 às 16h50 - Curumin & The Aipins
17h20 às 18h - Mallu Magalhães
18h20 às 18h50 Cidadão Instigado
19h20 às 20h20 - The Apples in Stereo
20h40 às 21h10 - Sobrado 112
21h30 às 21h50 - Batalha de Bandas



10/11
Palco ar
14h51 às 15h36 - O Teatro Mágico
16h42 às 17h42 - Capital Inicial
18h48 às 19h48 - Regina Spektor
21h04 às 22h49 - Dave Matthews Band



Palco água
14h03 às 14h48 - Ilo Ferreira
15h39 às 16h39 - Jota Quest
17h45 às 18h45 - Sublime With Rome
19h56 às 20h56 - Joss Stone
22h57 à 0h42 - Kings of Leon



Heineken Greenpeace
16h30 às 17h45 - Mario Fischetti
17h45 às 19h - Nick Warren
19h às 20h15 - Life is a Loop
20h15 às 21h30 - Sander Kleinenberg
21h30 às 22h45 - Roger Sanchez
22h45 às 0h15 - Sharam
0h15 às 1h45 - Markus Schulz



Oi Novo Som
14h40 às 15h20 - Volver
15h50 às 16h30 - Lucas Santtana
17h às 17h40 - Tulipa Ruiz
18h10 às 18h50 - Rubinho e Força Bruta
19h20 às 20h20 - Bomba Estéreo
20h50 às 21h50 - Otto
22h20 às 23h - Luísa Maita
23h20 às 23h40 - Batalha de Bandas



11/11
Palco ar
14h33 às 15h03 - Alain Johannes
15h39 às 16h09 - Crashdiet
17h às 17h45 - Yo La Tengo
18h51 às 19h51 - Avenged Sevenfold
20h57 às 22h27 - Queens of the Stone Age
23h58 à 1h58 - Linkin Park



Palco água
15h06 às 15h36 - Gloria
16h12 às 16h57 - Rahzel
17h48 às 18h48 - Cavalera Conspiracy
19h54 às 20h54 - Incubus
22h35 às 23h50 - Pixies
02h06 às 04h06 - Tiësto



Heineken Greenpeace
15h30 às 16h45 - Anderson Noise
16h45 às 18h - Anthony Rother
18h às 19h15 - Aeroplane
19h15 às 20h30 - Mixhell
20h30 às 21h45 - Gui Boratto
21h45 às 23h15 - Erol Alkan



Oi Novo Som
14h40 às 15h20 - Tono
15h50 às 16h30 - Mombojó
17h às 17h40 - Autoramas
18h10 às 18h50 - BNegão & Seletores de Frequência
19h20 às 20h20 - Josh Rouse
20h50 às 21h50 - CSS (Cansei de Ser Sexy)
22h20 às 23h - Fino Coletivo
23h20 às 23h40 - Batalha de Bandas


Hurley Canta Junto com o Weezer


Jorge Garcia, o Hugo "Hurley" Reyz do seriado Lost, recentemente foi capa do novo albúm do Weezer simplesmente chamado "Hurley".



Em um show em Hollywood, a banda surpreendeu novamente seus fãs, convidando o ator para cantar uma de suas músicas do disco "Make Believe"


terça-feira, 28 de setembro de 2010

Ah, quando éramos jovens





Na minha não tão distante juventude muita porcaria freqüentava meu Cd Player e Toca Discos (Não é um Cd Player, era um aparelho que tocava um disco chamado LP.) e convém não citar os nomes aqui porque não valem a pena.

Mas algumas bandas e cantores permanecem até hoje em alta rotação, ou melhor, em alta execução no meu iPod e no iTunes (Toca discos só em museu e meu discman deve estar em algum canto sendo como peso de papel).

Dessa safra sobrevivente ao refinamento do meu (bom) gosto lembrei de duas bandas que surgiram praticamente juntas e como se combinado desapareçam de mãos dadas também.


Jesus Jones: Formado no final de 1986 na cidade de Wiltshire na Inglaterra o Jesus Jones gravando seus discos no final dos anos 80 e começo dos anos 90.
São mais lembrados pelo faixa de relativo sucesso "Right Here, Right Now" que foi usada no mundo inteiro em várias campanhas promocionais.
Incorporando elementos da música eletrônica houve e tenho para o formato indie rock, assim como outros grupos da época (The Shamen, Pop Will Eat Itself e EMF), o Jesus Jones é uma das várias bandas que surgiram no início dos anos 90 no estilo indie rock.
A banda é liderada pelo vocalista Mike Edwards, que já explicou que o nome da banda é a simples junção dos nomes mais usados em espanhol (Jesus) e em inglês (Jones).

Lançou em 1989 o inicialmente aclamado pela critica o álbum "Liquidizer", e um single em particular "Info Freako" com guitarras roceiras, sambles e alguma influência de hip hop era relativamente novo na época.
No verão de 1990, o Jesus Jones gravpi o segundo álbum chamado "Doubt", o qual a gravadora o forçou a lançar no começou de 1991. O álbum vendeu bem, em parte graças ao sucesso "Right Here, Right Now". A música fala sobre o fim da Guerra Fria, e alcançou a posição número 2 na parada americana e posição número 31 na parada inglesa.
A música apareceu novamente para o público em 2006, pois foi usada em várias campanhas:

Para a rede de supermercados KMART
Para o canal CBSNews
Para o canal TechTV


Em 2010, a Ford americana usou em uma de duas campanhas. A música foi remirada pelos The Feelers para ser usada na campanha publicitária do Rugby World Cup 2011.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Agenda de Shows Outubro - 2010

1 - Sexta - Capital Inicial - Fundição Progresso  - RJ


2 - Sábado - Rita Lee - Anhembi - SP


6 - Quarta - Bon Jovi - Estádio do Morumbi - SP
8 - Sexta - Bon Jovi  - Pça da Apoteose - RJ


7 - Quinta  - Titãs - Teatro do Bourbon Country - RS


8 - Sexta - Dave Mathews Band - HSBC Arena - RJ
8 - Sexta - Rush- Estádio do Morumbi - SP
10 - Domingo - Rush - Estádio do Maracanã - Praça da Apoteose - RJ
9,10 e 11 -Sábado, Domingo e Segunda - SWU (Starts With You) Music and Arts Festival - Fazenda Maeda - Itú - SP


11 - Segunda - Echo & The Bunnymen - Credicard Hall - SP
12 - Terça - Echo & The Bunnymen - Chevrolet Hall - MG


12 - Terça  - cranberries - Citybank Hall - RJ
14 - Quinta - cranberries - Credicard Hall - SP
23 -Sábado - cranberries - Siará Hall - CE


13 - Quarta - Green Day - Gigatinho  - RS
15 - Quinta - Green Day - HSBC Arena - RJ
17 - Sábado - Green Day - Ginásio Nilson Nelson - DF
20 - Quarta - Green Day - Arena Anhembi - SP


16-  Sábado - Natura Nós Festival -Jamiroquai, AIR, Snow Patrol, Bajofondo, Vanessa da Matta e Céu Chácara do Jockey - SP
17 - Domingo - Natura Nós Festival - Adriana Partimpim, Pequeno Cidadão, Palavrada Cantada e Pato Fu - Chácara do Jockey - SP


17 - Domingo - Fúria Festival - Sepultura + Andre Mattos - HSBC Brasil - SP


21 - Quinta - Hoodo Gurus - Via Funchal - SP




E se ela durar até lá, dizem que a Amy Winehouse vem tocar aqui em Janeiro/2011

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Hole Cantando Lady Gaga?

Bom, era de se esperar que isso acontecesse.


Acostumada a esculhambar outros artistas com suas versões Courtney Love mandou.. "Bad Romance" da Lady Gaga.


Video no YouTube




Ela já cometeu a crueldade de cantar Jeremy do Pearl Jam também:


Video Youtube




Por mim ela poderia ter parado aqui 

O terceiro pode ser o primeiro? Legião Urbana - Que Pais é este? 1978/1987

Pode o terceiro disco de uma banda ser considerado o seu "primeiro disco"? Com  "Legião Urbana - Que Pais é Este 1978/1987" essa tese pode ser usada. 
Gravado em outubro de 1987 mas com registros que cobrem desde o Aborto Elétrico (primeira banda de Renato Russo), fase solo de Renato e os primódios da Legião Urbana.
Considerado disco de diamante pelo ABPD, e alcaçando 4 de 5 estrelas no site allmusic.com, o disco teve quatro singles lançados que logo se tornaram sucessos:
Que País é Este / Angra dos Reis / Faroeste Caboclo e Eu Sei.
E a produção de dois videoclipes de Que Pais é Este e Angra dos Reais.

Que País é Este  1978/1987


A música foi a responsável pela contratação da Legião Urbana pela EMI, já que foi o cartão de visitas usado pelos Paralamas do Sucesso para apresentar a banda a gravadora.
Faroeste Caboclo foi responsável por quebrar um padrão existente nas FM's brasileiras, aonde o padrão das músicas eram sempre 3 ou 4 minutos de duração no máximo, com os seus 9 minutos de duração e a chancela do público não teve como evitar. Com o tempo muita rádio também se deu ao luxo de pagar multa para tocar a música integral, com seus pequenos "palavrões" que faziam muito sucesso com a garotada (palavrão em uma música que todo mundo gostava, e em plena luz do dia?)

domingo, 19 de setembro de 2010

Pânico em SP




Se há uma banda com a cara do punk paulistano, esta banda é o "Inocentes", tida por alguns como uma das primeiras bandas punk a surgir em São Paulo, o Inocentes está na estrada desde do final dos anos 70.
Formada da mistura de gangues da Vila Carolina na zona norte de São Paulo, o Inocentes surgiu a partir da mistura das bandas Restos de Nada e Condutores de Cadáver.
Em resposta a uma matéria publicada no O Estado de S Paulo dentro da série "Geração Abandonada" que dizia entre outras coisas que os punks paulistas assaltavam velhinhas no metrô e gostavam de tomar leite com limão, Clemente escreveu o manifesto abaixo publicado originalmente em Agosto de 82 na Gallery Around:

Nós, os punks, estamos movimentando a periferia - que foi traída e esquecida pelo estrelismo de astros da MPB. Movimentando a periferia, mas não como Sandra de Sá, que agora faz sucesso com uma canção racista e com uma outra que apenas convida o pessoal para dançar; ou, na verdade, o convida para a alienação. Nos nossos shows de punk rock, as pessoas dançam; dançam a dança da guerra, um hino de ódio e de revolta da classe menos privilegiada. Já Guilherme Arantes diz que é feliz, mesmo havendo uma crise lá fora, porquê não foi ele quem a fez; nós também não fizemos esta crise, mas somos suas principais vítimas, vítimas constantes - e ele não. Nossos astros da MPB estão cada vez mais velhos e cansados, e os novos astros que surgem apenas repetem tudo que já foi feito, tornando a música popular uma música massificante e chata. Mesmo assim, eles ainda conseguem fazer o povo chorar. Não sei como, cantando a miséria do jeito que eles a vêem, do alto, mas que não sentem na carne, como nós. E também choram de alegria, quando cantam o dinheiro que ganham. Nós, os punks, somos uma nova face da música popular brasileira, com nossa música não damos a ninguém uma ideia de falsa liberdade. Relatamos a verdade sem disfarces, não queremos enganar ninguém, Procuramos algo que a MPB já não tem mais e ficou perdido nos antigos festivais da Record e que nunca mais poderá ser revivido por nenhuma produção da Rede Globo de Televisão. Nós estamos aqui para revolucionar a música popular brasileira, para dizer a verdade sem disfarces (e não tornar bela a imunda realidade): para pintar de negro a asa branca, atrasar o trem das onze, pisar sobre as flores de Geraldo Vandré e fazer da Amélia uma mulher qualquer.

O primeiro registro fonográfico do Inocentes foi na Coletanea "Grito Suburbano" junto com as bandas Cólera e Olho Seco. O Inocentes participou com as seguintes faixas:

  • Medo de Morrer
  • Guerra Nuclear
  • Garotos do Suburbio
  • Panico em SP


Antes de lançar um LP tradicional, o Inocentes ainda lançou outro EP denominado "Miséria e Fome"
O EP "Panico em SP" o primeiro lançado pela Warner, teve produção de Branco Mello dos Titãs. 
Entre as faixas deste disco destacam-se a faixa título e Rotina (Que também teve uma cover gravada pelos Titãs)


Em 1987 lançam o segundo LP "Adeus Carne", que possui uma das músicas mais emblemáticas e diretas do cenário punk nacional "Pátria Amada"..
Com show de lançamento no estacionamento do Shopping Center Norte em São Paulo, reuniu mais de 10.000, provando que a popularidade do grupo já era muito boa, menos para a gravadora Warner que achava a banda e o som difícil de se trabalhar.
O 3o álbum chamado apenas "Inocentes" teve produção Roberto Frejat do Barão Vermelho e o que chamou mais a atenção foi a singela capa, com a banda nua e algemada.
A própria banda já declarou várias vezes que a sonoridade deste álbum sempre foi meio confusa, uma mistura de rock, punk, rap, etc, devido a pressão da gravadora por um som mais acessível.
Bem, o som não agradou e o resultado foi a saída da banda da Warner , o que deve ter sido comemorado com muita pinga com limão pelos punks geração '77, que desde que a banda assinou com a Warner a principal acusação era que eles estavam vendidos.
O inicio dos anos 90 não foram dos melhores para o Inocentes, aliás, para quase nenhuma banda, foi a época da febre das duplas sertanejas, e o maior patrocinador individual foi o ex-presidente Fernando Collor de Melo.
Sem gravadora, e com poucos shows marcados a banda tomava um rumo cada vez mais distante do punk original que o lançou ao público.
Em 1992, finalmente, a banda lança novo disco chamado Estilhaços, destaque para a faixa O Homem Negro responsável pela volta da banda ao circuito de show e rádios, desde que uma fita demo com essa faixa caiu nas mãos da extinta rádio 89 FM.
Em 1994, lançam novo trabalho, dessa vez pela gravadora Eldorado, intitulado "Subterrâneos", desta vez retornando ao peso das guitarras. A música mais tocada pelas rádios rock foi "Desequilíbrio"
Neste mesmo ano, talvez a maior glória para qualquer banda punk, é a banda de abertura dos show que o Ramones realizaram no Olympia em São Paulo.
Participam também do filme "Opressão" de Mirella Martineli, interpretando a sí mesmos, aonde Clemente é assassinado no próprio palco por Skins Nazistas.
Em 1996, é lançado o album "Ruas" , este disco marca a retomada a pegada punk de antes, "A Cidade Não Para" foi a música que lançou o disco nas rádios. No mesmo ano, a banda é convidada a tocar ao lado de Sex Pistols, Bad Religion, Silverchair e Marky Ramone, este último gostou tanto da banda e do disco  que acabou se tornando amigo da banda e participando de alguns show pelo interior de SP. Em 1997 se apresentam no festival Abril Pró Rock em Recife.


Em 1998, a banda lança novo disco , intitulado "Embalado à vácuo" que teve boa vendagem e com uma boa execução da faixa "Cala a boca".



Na época de lançamento deste disco o Inocentes fez dois show memoráveis, um com o Ultraje a Rigor na USP e outro com o Ira! no Sesc Itaquera, reunindo aproximadamente 10.000 pessoas em cada show.

Em 2000, lançam um CD intitulado "O Barulhos dos Inocentes" somente com covers de bandas que influenciaram o grupo e de preferências pessoais. A música com boa execução foi "São Paulo" cover da banda paulistana 365.



Em 2001, gravam um disco ao vivo no Sesc Pompéia em SP chamado "20 anos ao vivo". O disco foi gravado ao vivo / vivo, ou seja, não teve nenhum retoque em estúdio. A maior parte da carreira do grupo é colocada nesse disco, musicas como: A Cidade não para, Franzino Costela, Patria Amada, Nada de Novo no Front,  São Paulo, Pânico em SP, entre outras.




O mais recente trabalho da banda é o otimo "Labirinto" destaque para a bacana "Travado"




Página no MySpace

sábado, 18 de setembro de 2010

Manifesto Punk: fora com o mofo da MPB! Fim da idéia da falsa liberdade.

Em 1981, o jornal o Estado de S. Paulo publicou uma série de reportagens denominada "Geração Abandonada" em que uma das matérias abordou a movimentação dos punks de São Paulo.
A matéria dizia entre outras coisas que os punks eram desocupados e se divertiam assaltando velhinhas no metrô e que adoravam beber leite com limão.
O contra-ataque não tardou a acontecer, em Agosto de 1982, a edição da Gallery Around trazia o seguinte texto de Clemente dos Inocentes:


Nós, os punks, estamos movimentando a periferia - que foi traída e esquecida pelo estrelismo de astros da MPB. Movimentando a periferia, mas não como Sandra de Sá, que agora faz sucesso com uma canção racista e com uma outra que apenas convida o pessoal para dançar; ou, na verdade, o convida para a alienação. Nos nossos shows de punk rock, as pessoas dançam; dançam a dança da guerra, um hino de ódio e de revolta da classe menos privilegiada. Já Guilherme Arantes diz que é feliz, mesmo havendo uma crise lá fora, porquê não foi ele quem a fez; nós também não fizemos esta crise, mas somos suas principais vítimas, vítimas constantes - e ele não. Nossos astros da MPB estão cada vez mais velhos e cansados, e os novos astros que surgem apenas repetem tudo que já foi feito, tornando a música popular uma música massificante e chata. Mesmo assim, eles ainda conseguem fazer o povo chorar. Não sei como, cantando a miséria do jeito que eles a vêem, do alto, mas que não sentem na carne, como nós. E também choram de alegria, quando cantam o dinheiro que ganham. Nós, os punks, somos uma nova face da música popular brasileira, com nossa música não damos a ninguém uma idéia de falsa liberdade. Relatamos a verdade sem disfarces, não queremos enganar ninguém, Procuramos algo que a MPB já não tem mais e ficou perdido nos antigos festivais da Record e que nunca mais poderá ser revivido por nenhuma produção da Rede Globo de Televisão. Nós estamos aqui para revolucionar a música popular brasileira, para dizer a verdade sem disfarces (e não tornar bela a imunda realidade): para pintar de negro a asa branca, atrasar o trem das onze, pisar sobre as flores de Geraldo Vandré e fazer da Amélia uma mulher qualquer.


Após a publicação desse texto, o punk em São Paulo nunca mais foi mesmo. E assim, teve inicio o Começo do Fim (do mundo)

A estratégia foi tão bem sucedida, que Inocentes e Verminose (antes de se tornar Magazine) a conseguirem tocar no extinto Gallery, casa de ricos e bacanas que existiu em São Paulo.
Bem, não é preciso dizer que a apresentação foi um sucesso (para os padrões punk) e um desastre (para os padrões grã fino)

Resumo da apresentação:

  • Ariel com passe recém contratado para os Inocentes, já subiu ao palco xingando meia dúzia de bacana.
  • Calegaria cuspiu em um pessoal que estava na primeira mesa.
  • Os Convivas da periferia começaram a dançar cordialmente (a palavra cordial é para expressar que na dança eram servidos murros e pontapés a quem estivesse ao alcance)
Em 27 e 28 de Novembro de 82 aconteceu no SESC Pompéia em SP o festival o Começo do Fim do Mundo. Na visão de muitas das bandas participantes, foi ali que começou o fim do movimento punk em São Paulo. Alguns acusaram a Rede Globo de TV de já chegar ao evento com a matéria pronta para detonar o movimento. A Polícia Civil e Militar também já estavam a muito tempo esperando um momento ideial para colocar um fim no movimento, o qual não era visto por bons olhos (naquele tempo, mesmo no final da ditadura militar, ainda tinha muito imbecil que confundia ser punk com comunista e agitador) e alguns próprios punks também não colaboraram para o andamento do festival sem violência.
Saldo da festa: O Festival foi realizado, mas com várias interrupções e tentativa de invasão do SESC pela polícia militar.
A partir desse momento, quem não tinha emprego tratou de arrumar um. Quem tinha chances e estava próximo a assinar algum contrato foi a luta e quem punk, enfim, quem resistiu em levar a filosofia adiante não teve muito futuro.
Resumo: Quando se é jovem, pode ser tudo, até fã do Restart, mas quando a vida adulta bate a sua porta cobrando o $$$ das contas a serem pagas, é preciso deixar certas posições e ideologias de lado e aceitar que o capitalismo é realmente selvagem.



sábado, 11 de setembro de 2010

Nova Lei de Direitos Autorais

Você pagaria R$ 3,00 por mês para poder fazer download de suas músicas sem peso na consciência? (Tá, foi somente uma expressão, vou de novo!)
Você pagaria somente R$ 3,00 por mês na conta do seu provedor de banda larga para fazer download de suas músicas, e com isso tornando todos os arquivos legalmente legais?
Creio que a resposta de todos é SIM.
Essa é uma das propostas que o pessoal está tentando incluir na reforma da Lei de Direitos Autorais.


Tenho certeza absoluta que todos apoiarão essa medida (Aí se exclui as grandes gravadoras), porque nunca se sabe quanto e quando os artistas são remunerados pelo ECAD (Orgão responsável pela distribuição dos valores recolhidos pelo direito autoral no Brasil).

Infos:

Página do Leoni com algumas considerações e comentários

Wander Wildner

Qual artista vindo de uma banda punk gaúcha teria coragem para compor uma música chamada "Eu tenho uma camiseta escrito eu te amo", é eu sei, é para poucos.
Lançado em 1996 pela gravadora Velas (que é ou já foi do Ivan Lins) e produzido por Tom Capone (Produtor do Rappa e Maria Rita entre outros), o disco "Baladas Sangrentas" é o primeiro disco solo de Wander Wildner depois do fim dos Replicantes.
Você deve conhecer ao menos uma música desse disco na voz de outra banda, "Bebendo Vinho" foi gravada pelo Ira! no disco "Isso é o Amor". É deste disco também a já clássica "Lugar do Caralho", essa minha predileta, sem meias palavras, tudo direto para o bom ouvinte ir direto ao assunto.


Faixas do Album "Baladas Sangrentas"

Freira Desalmada
La Playa
Burguês


terça-feira, 7 de setembro de 2010

Ira! - Mudança de Comportamento



Formado no inicio dos anos 80, o Ira! (assim mesmo, com exclamação, que foi suprimido anos depois, ficando somente Ira) inicialmente contava em suas fileiras com Charles Gavin que foi para o Titãs que por sua vez cedeu André Jung. Mudança de Comportamento foi o segundo registro fotográfico do Ira! se contarmos o Compacto (Single) que continha Pobre Paulista / Gritos na Multidão.
Neste disco é possível notar o estilo que o Ira! mostraria em todos os seus discos. Gravado em apenas 9 dias, teve relativo sucesso, com algumas de suas músicas tocando no rádio regularmente como a música título, Núcleo Base (música que Edgard Scandurra compôs em sua temporada no exército),  Tolices e Longe de Tudo.
É fácil perceber as influências do The Clash e principalmente do The Who, duas bandas que assomadamente influenciaram seus integrantes, que chegaram inclusive a fazer versões do Clash (Train in Vain virou Pra Ficar Comigo) e The Who (I Can See for Miles virou Milhas e Milhas)

O Ira! é:

Nasi - Vocais
Edgard Scandurra - Guitarras
Gaspa - Baixo
André Jung - Bateria


Uma curiosidade sobre Edgard Scandurra é o seu modo peculiar de tocar guitarra. Sendo canhoto, o normal nesse caso seria inverter as cordas da guitarra e tocar os acordes como se fosse um destro. Mas no caso dele, como aprendeu a tocar na guitarra do irmão e com receio de inverter as cordas, simplesmente virou a guitarra de cabeça para baixo e inventou um modo próprio de tocar, o que trouxe uma versatilidade e um som único.


Longe de Tudo -  http://www.youtube.com/watch?v=hYcDzVV0lTc
Núcleo Base - http://www.youtube.com/watch?v=9KsOTpmkpyA
Mudança de Comportamento - http://www.youtube.com/watch?v=a8_rQC4-hcY

segunda-feira, 6 de setembro de 2010


The Clash - London Calling


Lançado em dezembro de 1979 na Inglaterra, rotulou definitivamente o Clash como uma banda "Grande".
A começar pela foto da capa com o baixista Paul Simomon estraçalhando seu baixo contra o chão. Peter Townshend já fazia isso há tempos, mas a imagem clássica de tal ato, é essa do Clash.
Este disco está até hoje entre os 200 álbuns definitivos do Rock n Roll Hall of Fame pela sua importância e relevância.
O disco abre com o London Calling (http://www.youtube.com/watch?v=QcPvHkXfqoc&ob=av2n) com sua batida seqüencial e seus vocais duplos em algumas estrofes da música, chama atenção pela linha de baixo tocada por Simomon, até então um baixista padrão que evoluiu muito deste disco em diante.
Outras músicas que fazem parte deste disco é:


Spanish Bombs - Essa música foi responsável por tornar o Clash persona non grata na Espanha por causa das criticas contidas na letra em relação a ditadura do General Franco em vigor na época. - 



The Verve - Urban Hymns


Lançado em 1997 na Inglaterra no auge da disputa Oasis/Blur não chegou a fazer tanto barulho quanto os discos lançados por essas duas bandas. Mas de uma qualidade imensamente superior, representa na minha opinião o auge criativo desta banda. Destaca-se nas músicas as melodias cristalinas e bem desenvolvidas acompanhadas de arranjos com violinos e orquestra.
A primeira faixa deste disco é "Bitter Sweet Symphony" que até foi trilha sonora do filme Segundas Intenções (Cruel Intentions), teve uma execução razoável nas rádios brasileiras, e chegando a 12 posição do TOP 100 da Billboard em 04 de Abril de 1998.
Essa musica também foi alçada a uma polêmica com Mick Jagger que acusou a banda de samplear parte de uma música dos Stones e usar a expressão Bitter Sweet Symphony, resultado: Mick Jagger recebeu todos os royalties sobre essa música e a banda ainda foi obrigada a incluir o nome Jagger na autoria da música.
Outros singles deste disco que foram lançados e fizeram sucesso também foram Sonnet, Drug's dont's Work e Lucky Man, todas também com relativo sucesso e tocando regularmente nas rádios do Brasil e do Reino Unido.
Depois desse disco, o Verve desgastado por brigas internas e acho que pelo próprio preço do sucesso acabou encerrando as atividades, e Richard Ashcroft acabou seguindo carreira-solo.
A banda ainda voltaria a ativa em 2007 para parar novamente em 2009.

O Verve é:

Richard Ashcroft - vocal (1989-1999 ; 2007-2009)
Nick McCabe - guitarra (1989-1995)(1997-1998)
Simon Jones - baixo (1989-1999)
Peter Salisbury - bateria (1989-1999)


Guitarristas Substitutos:

Simon Tong (1996-1999)
B.J. Cole (1998-1999)
Bernard Butler (1995?)



Bem Vindo,


Este é o meu blog sobre música, provavelmente com as músicas que eu gosto.


Aqui será meu espaço para falar, comentar, discutir, etc, etc.


Em breve meu primeiro post inaugural.