quinta-feira, 31 de março de 2011

Lider do Weezer participa de novo single do Simple Plan

Rivers Cuomo vocalista do Weezer, participou do novo single do Simple Plan, fazendo alguns vocais na música chamada "Can't Keep My Hands Off You"
O single será lançado dia 20 de junho, mas já pode ser ouvido on-line, veja o link abaixo.




terça-feira, 29 de março de 2011

Documentário sobre Foo Fighters nas telas da Inglaterra e Irlanda

O documentário sobre o Foo Fighers 'Back And Forth' estará nos cinemas da Inglaterra e da Irlanda durante uma noite no próximo mês.
O documentário, com o seu trailler que pode ser visto ao fim desta matéria, traz crônicas da banda, desde o inicio em 1984 até os dias de hoje.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Bob Dylan - Before The Flood














Lançamento: 20 de Junho de 1974
Selo: Columbia
Produção: Phil Ramone, Rob Fraboni, Nat Jeffrey
Duração: 46:51
(Versão em Vinil)

Doze milhões de pessoas compraram ingressos de uma turnê de quarenta shows em grandes estádios. Relembrando, Dylan conta que "não era uma turnê na qual um bando de caras se juntam e dizem 'vamos sair e tocar'. Havia uma grande demanda por aquela turnê, e vinha crescendo, então nós íamos e tocávamos. Tocávamos três, quatro noites no Madison Square Garden, mas o que justificava isso? Não tínhamos feito nenhum álbum." Na verdade, ele tocou um show à tarde, e dois à noite no Madison Square - deve ter simplesmente se sentido daquele jeito. Dylan não havia feito nenhuma turnê desde de 1966, e agora era um mundo diferente; o que antes fora aventura agora eram negócios, e dos grandes - "todo mundo queria uma parte. O pessoal da publicidade. Os promoters. Eu não tinha controle sobre o que acontecia." Planet Waves foi lançado depois de cerca de um terço da turnê, atrasado pela decisão de Dylan de mudar o título. Ele raramente tocava músicas deste álbum ao vivo. Isso levou a vendas desapontadoras de apenas pouco mais de meio milhão de cópias e ao retorno de Dylan à Columbia. O álbum ao vivo duplo - um dos primeiros - era devido como obrigação contratual.
Before The Flood tem sido objeto de controvérsias entre os fãs desde então. Em vez de capturar o fluxo de um show ao vivo, as faixas foram selecionadas de quatro shows diferentes. Entre as músicas dispensadas, "Just Like Tom Thumb's Blues", "Ballad Of Hollis Brown", "Gates Of Eden" e "Maggie's Farm". Mesmo assim o álbum foi programado brilhantemente em quatro lados do vinil, cada um com sua própria atmosfera, e de fato transmite a estrutura dos shows de Dylan com a The Band, a The Band sozinha, Dylan Sozinho e depois juntos novamente até o final do show.
Na capa, fãs erguem isqueiros acesos, enquanto outras fotos de Barry Feinstein flagram os seis no palco, concentrados e sérios. Um destaque a cada noie era o vocal áspero e agudo de Richard Manuel em "I Shall Be Released", capturada no set da The Band. O debate da crítica gira em torno da qualidade da turnê como um todo, que seria basicamente o mesmo show de estádio em estádio. O próprio Dylan faz uma comparação com Elvis, da "sensibilidade e poder" das sessões de gravação da Sun comparada à força "escancarada" de seu retorno no especial de tv de 1969.
Há uma urgência e um senso de pressa que torna essa turnê inconfundível. Para Michael Gray, "há uma velocidade exagerada, apressada, que pouco faz jus às letras", com Dylan simplesmente jogando a cabeça para trás e berrando, como um cão de caça. Sutileza e nuances, esqueçam-nas. Os verdadeiros fãs nunca gostaram muito do álbum.
David Cavanagh reavalia Before The Flood: "Falta o convencimento tipico compartilhado entre o artista e o público em tais eventos. Este é selvagem, e Dylan é agressivo, não amigável. As estrofes são socadas... os coros de quatro vozes são praticamente gritados. A próxima vez que se ouviu música tão biliosa foi com o The Clash". Tim Rileyo apóia: "É um álbum nostálgico que evita as armadilhas das velharias, uma turnê de marcos dos anos 1960 que fez uma olhadela para trás parecer totalmente contemporânea". Paul Williams assistiu ao vivo a um dos shows registrados aqui, e não gostou de faze-lo de tão longe - "a mais de um quilometro d0 cantor"- e se espanta com o quão bem o álbum soa hoje, e tão bem gravado, especialmente a bateria de Levon. É uma captura do momento em que um grande artista "viu a luz do dia".

Lado Um
Most Likely You Go Your Way (All I'll Go Mine) (Dylan) 4:18
LA Forum, 14 de Fevereiro, show da noite. Versão original em Blonde On Blonde.
O álbum começa com uma platéia ávida que então percebe que Bob já está entre eles e assovia e aplaude antes que uma nota sequer seja tocada. A gravação é afiada, se comparada, ironicamente, ao rock de garagem da versão em estúdio. Quando Dylan trava, Cavanhagh percebe através de seus fones de ouvido que "algo definitivamente aconteceu no recinto", uma inspiração ou expiração vasta, conforme todos reagem simultaneamente ao berro de Dylan. "É assim que ele vai rearranjar as músicas antigas? Jesus..."

Lay Lady Lay (Dylan) 3:15
LA Forum, 13 de Fevereiro. Versão original em Nashville Skyline.
É bom ouvir esta música com uma banda de rock de verdade. As cimitarras gêmeas da guitarra questionadora de Robertson e do orgão de parque de diversões de Garth adornam Dylan, que não mais interpreta suavemente, mas canta com intensidade. Ele deve ter machucado a garganta cantando assim, dia após dia. Robert Christgau descreve seu método aqui como "ceifando como um caminhão de todas as suas canções antigas".

Rainy Day Women #12 & 35 (Dylan) 3:27
LA Forum: 13 de fevereiro. Versão original em Blonde On Blonde.
Nova Letra: "they'll stone you when you're trying to take a bath" A The Band faz a música dançar, é hora do parque de diversões.

Knockin' On Heaven's Door (Dylan) 3:52
Madison Square Garden, 30 de Janeiro de 1974. Versão original em Pat Garret and Billy The Kid.
Riley descreve esta versão como "elegia pesarosa de esperanças perdidas", revestida tanto pelo fantasma do Vietnã - "Estou enojado e cansado da guerra"- quanto por mito dos Velho Oeste. Dylan canta como se tivesse lágrimas nos olhos, dançando em torno da batida e a The Band responde a cada nuance. Talvez o distintivo que ele pede para ser retirado de sí seja sua própria lenda.

It Ain't Me Babe (Dylan) 3:40
LA Forum, 14 de Fevereiro, show da noite. Versão original em Another Side Of Bob Dylan.
É uma releitura radical, agora ambientada em ritmo mexicali. Falta o choque puro da música quando apareceu pela primeira vez, que dispensava toda a tradição das canções românticas com um só verso, mas a reação da platéia sugere que Dylan será amado por toda a vida deles também, e isso já o bastante.

Ballad Of A Thin Man (Dylan) 3:42
LA Forum, 14 de Fevereiro, show da tarde. Versão original em Highway 61 Revisited.
Mais despojada do que a extraordinária versão de 1966, que era uma navalha na carne, embora Hudson toque basicamente as mesmas frases no orgão. Dylan soa quase festivo, a The Band troteia e o grande Levon Helm não desperdiça uma batida sequer. O "Mr. Jones" deveria ser obrigado a usar "telefones" agora. Um ótimo piano rock n' roll no finalzinho.

LADO TRÊS
Don't Think Twice, It's Alright (Dylan) 4:37
LA Forum, 14 de Fevereiro, show da noite. Versão original em Freewheelin'.
Primeiro surgem os aplausos conforme Dylan entra no palco após a miniapresentação da The Band sozinha. Seu momento acústico também tem sua própria eletricidade embutida, e sua voz parece ter subido meia oitava em comparação ao Huck Finn pueril que gravou esta música no início dos anos 1960, a uma eternidade de distância. A canção também ganhou velocidade.

Just Like a Woman (Dylan) 4:06
LA Forum, 14 de fevereiro, show da noite. Versão original em Blonde On Blonde.
Há um toque de Presley nesta interpretação bem dissimulada e um riso em sua voz.

It's Alright Ma (I'm Only Bleeding) (Dylan) 5:48
LA Forum, 14 de fevereiro, show da noite. Versão original em Bringing It All Back Home.
O verso sobre o presidente tendo de se levantar nu rende grandes aplausos, como se podia imaginar pouco depois de Watergate. Bill Graham pediu luzes de palco vermelhas, brancas e azuis nesse ponto. A música tomou uma ressonância bem diferente nos últimos dias do mandato de Clinton, literalmente nu. Esta versão é esbaforida, como se Dylan buscassse um recorde de velocidade em terra. Ele deixa três estrofes de fora e, como aponta Paul Williams, "Sempre no limite da tensão, porque não pode baixar a guarda".

LADO QUATRO
All Along The Watchtower (Dylan) 3:08
LA Forum, 14 de Fevereiro, show da tarde. Versão original em John Wesley Harding.
Dylan conta no livro que acompanha Biograph: "Gostei da versão de Jimi Hendrix e desde de sua morte venho tocando-a assim. É estranho como cada vez que a canto sinto que é um tributo a ele, de alguma forma. A primeira vez que o vi ele estava tocando com John Hammond, ele era incrível. A última vez que o vi foi uns dois meses antes de sua morte. Foi uma cena lúgubre". Começa tranquila, depois ganha um toque latino, então a platéia se agita e Dylan entra rugindo. O espaço vasto da original se foi. Este é um ataque repentino e salve-se quem puder.

Highway 61 Revisited (Dylan) 4:27
LA Forum, 14 de Fevereiro, show da noite. Versão original em Highway 61 Revisited.
Robertson faz um ruído como o de um caminhão tocando a buzina numa rodovia. É mais lenta e mais ameaçadora do que a original. Helm dirige da traseira.

Like A Rolling Stone (Dylan) 7:10
LA Forum, 13 de Fevereiro. Versão original em Highway 61 Revisited.
Paul Williams se entusiasma com "um arranjo e uma interpretação belos, vivos e bradantes".
Começa com o maravilhoso ataque duplo dos teclados de Hudson e Manuel que inspirou o Procol Harum - e a música se tornou mais uma celebração do que uma acusação. No final a platéia ruge sua aprovação e ninguém grita "Judas".

Blowin' In The Wind (Dylan) 4:31
Gravada parte no LA Forum em 13 de Fevereiro e parte em 14 de Fevereiro, nos shows da tarde.
Versão original em Freewheelin'. No bis, a The Band dá um passeio pelo country, Dylan dá nova energia a essa velha pérola e o incomparável coro masculino confuso se junta a ele no refrão. O álbum deixa a vasta multidão aos pulos e celebrando.

New York Dolls anuncia detalhes de novo álbum e turnê pelo Reino Unido

Uma das bandas mais importantes do punk rock dos anos 70, o New York Dolls, lançou um novo álbum no dia 14 de maio e divulgou datas para uma turnê no Reino Unido.
Com Earl Slick que já trabalhou com John Lennon e David Bowie recrutado para a guitarra, o Dolls tem por enquanto 3 datas agendadas:

Newcastle 02 Academy (March 27)
Manchester Club Academy (29)
London Old Vic Tunnels (30-31)

Bob Dylan será Headline de festival em Londres

Bob Dylan foi confirmado como headline de um festival que irá acontecer em Londres no mês de Junho.
Com a proposta de celebrar a cultura e música Irlandesa, o evento acontecerá dia 18 de Junho no Finsbury Park, e outras atrações serão anunciadas em breve, disse o organizador do evento Vince Power.
A apresentação de Dylan no festival deve ser a única aparição na Europa do músico em 2011.
Maiores informações podem ser obtidas no site do evento: http://www.londonfeis.com/

Clássicos - Rolling Stones - Get Yer Ya-Yas Out (1970)















Lançamento: 4 de Setembro de 1970
Selo: Decca
Produção: Rolling Stones e Glyn Johns
Duração: 47:38


Alçado a condição de produtor (aos 27 anos de idade) pela única vez em um disco dos Rolling Stones, o engenheiro de som Glyn Johns começou a trabalhar com a banda em 1963, antes da assinatura do contrato dos Stones com a Decca por Andrew Loog Oldham. Johns era então vocalista dos Presidents, que fiziam algum sucesso em Sutton, subúrbio do sul de Londres, onde abriam as apresentações dos Stones em um pub local.
Tendo continuado a trabalhar com os Stones na década de 1960 e depois disso, Johns era, além de colaborador da banda, amigo de seus integrantes, que compareceram a recepção de seu casamento três anos depois do lançamento de Get Yer Ya-Yas Out - primeiro álbum dos Stones depois da saída de Brian Jones.
Quando Jones corria o risco de ser preso mais uma vez por porte de drogas no final de 1968, Allen Klein acalmou a imprensa alarmista com a seguinte declaração: "Não existe a menor possibilidade de outro música se juntar a banda". Felizmente para Klein, não era de conhecimento público que Dave Manson participara da gravação de Beggars Banquet e que outros guitarristas estavam sendo avaliados para uma turnê americana planejada para 1969. Entre esses, Mick Taylor, um jovem de 21 anos, ex-integrante da banda The Gods e então garoto-prodígio dos Bluesbreakers de John Mayall; e um ex-guitarrista dessa mesma banda, Eric Clapton, agora que as últimas notas do seu trio Cream estavam para ser tocadas em um espetáculo de despedida no Royal Albert Hall, em Londres, em novembro de 1968.
Em junho desse ano saiu o comunicado que Mick Taylor fora o escolhido e que os Stones fariam um show em Londres num sábado, 5 de julho, no anfiteatro natural próximo ao lago artificial do Hyde Park, o Serpentine - com entrada franca.
A depender do jornal que você tenha lido naquele dia, a estimativa de público gravitava de 250 a 750 mil expectadores e, apesar de exagerados, esses números traduziam a expectativa pelo maior público jamais reunido em um evento cultural na capital inglesa. Entretanto, na véspera foram espalhado boatos de cancelamento do espetáculo em respeito a Brian, que morrera afogado na piscina de sua casa, naquela quinta-feira. Os sentimentos dos Stones em relação a Jones eram complexos demais para uma análise simplista, mas foi decidido transformar o evento em uma homenagem a Brian, com uma oração de Mick Jagger seguida de uma demonstração de dor coletiva, que por sua vez deu lugar a um show que impressionou o público pelo som descuidado. Tempos depois, Keith Richards, admitiu: "Eu estava bem nervoso no começo, mas depois comecei a me divertir".
Richards também temia o que aconteceria se os Stones não atendessem às expectativas do público, já que, depois da ausência de três anos dos palcos, estavam prestes a fazer uma turnê de costa a costa na America do Norte. Os ingressos para a primeira apresentação, agendada para 1 de novembro de 1969, no Colorado, se esgotaram em poucas horas.
A volta foi triunfal, mas terminou com uma triste nota de rodapé. Na tentativa de reviver a magia do Hyde Park, foi anunciado um espetáculo gratuito no dia 6 de Dezembro de 1969 em Altamont, num autódromo a uma hora de Los Angeles. O engarrafamento de 30 kilometros e a falta de sanitários públicos foram apenas o começo. Analisar os fatos, depois que aconteceram e afirmar que o show gratuito na Inglaterra deveria ter sido único e fácil, mas, apesar de a apresentação em Altamont ter sido mais consistente, seria lembrada da seguinte forma por Keith Richards: "Caótica. Eu não diria assustadora, mas definitivamente carregada de adrenalina. Eu me perguntava quem estava no comando daquela coisa. Quinhentas mil pessoas; caras sendo esfaqueados; Os Hell's Angels doidos de ácido e vinho Thunderbird. O único jeito de esfriar as coisas era enfrentar aqueles caras. A única coisa que não se devia faze era dar lugar ao medo e à intimidação." O espetáculo teve o saldo de quatro mortos, sendo que em um dos casos houve suspeita de assassinato por integrantes dos Hell's Angels.
Antes do final do mês, neve artificial caía sobre os cambistas no Lyceum Theatre quando so Stones voltaram a se apresentar em casa pela primeira vez desde o Hyde Park. Apesar da demonstração de altruísmo naquele dia de verão, o propósito desses espetáculos com ingressos esgotados era o mesmo dos de outra banda de rock qualquer: faturar o máximo possível.
Havia também um quê de volta do filho pródigo. Apesar de o show conturbado em Altamont ter sido considerado sucesso pela maioria dos jornais britânicos, um tom mais duro foi usado na edição especial da Rolling Stone dedicada quase que exclusivamente ao assunto. Não havia uma página que não houvesse um vestígio de responsabilização dos Stones pelos eventos fatais.
Isso acabou se espalhando em Londres, mas o verdadeiro peso do que tinha acontecido nao foi entendido pela maior parte do público. Mesmo que algum rancor tenha surgido, os Stones ainda eram capazes de inspirar a idolatria de costume naqueles pós-Woodstock, com seu público de longos vestidos estampados, calças Levi's desbotadas com flores ou cogumelos bordados, tamancos, calças bocas-de-sino, chapéus cloche, batas, sobretudos militares, e, mesmo no frio do inverno, camisetas regatas com estampas de listras e estrelas que revelavam os pelos das axilas.
O consolo para o terrível fim da jornada pela América do Norte? A aclamação do grande público britânico, o que acabou reunindo os cacos do trauma de Altamont. Por volta do ínicio do Ano-Novo, surgiu o primeiro disco pirata dos Stones, Live R Than You'll Ever Be, gravado no Oakland Coliseum, terceira escala da turnê americana. O disco infringia as Leis de direitos autorais, mas vendeu de tal forma que poderia ter ganhado um disco de ouro.
Live R Than You'll Ever Be tinha qualidade tão parecida com a do oficial Get Yer-Ya-Yas Out que isso alimentou o boato de que os Stones seriam os responsáveis pela pirataria. No entanto, o trabalho de mixagem em Londres das gravações ao vivo de Ya-Yas foi tão intenso que Keith chegou a afirmar que gastou o mesmo no estúdio com ele que com alguns álbuns de estúdio da banda.
A maior parte da sintonia fina foi feita nos vocais, tendo na mira momentos em que Jagger quase perdeu o fôlego em noites que facilmente eqüivaliam a uma maratona. "Eu nunca vou subir no palco e ficar ali parado", ele riu. "Cantar é dificil para mim. Não sou nenhum Tom Jones, mas não dou a mínima."
Quanto à origem, a maior parte do material de Get Yer-Ya-Yas Out foi tirado das noites de 27 e 28 de novembro de 1969, no Madison Square Garden, em Nova York. "Jumpin' Jack Flash" e "Love In Vain" foram gravadas na noite anterior, no Baltimore Civic Centre, quando os Stones ficaram quase três horas no palco.
A capa também recebeu atenção. Charlie Watts foi retratado contra um descampado ao fundo; feliz, de cartola na cabeça e com uma guitarra numa das mãos e um baixo na outra. Um jegue que carrega a outra guitarra, um bumbo e um surdo, olha indiferente para ele. Enquanto apenas os fãs mais fanáticos dos Stones se davam o trabalho de decifrar o simbolismo da imagem, se é que existe algum, Get Yer Ya-Yas Out chegou ao topo das paradas britânicas e passou algumas semanas na parada das 10 mais americanas daquele outono.
O comentário de Jagger "Charlie's Good tonight, isn't he?" ["Charlie está bom hoje, não?"] sobreviveu à edição, mas o baterista ainda estava se acostumando às longas e estrondosas extravagâncias do rock pós-psicodélico. Como Watts já havia percebido, as bandas de rock não se contentavam mais com apresentações de dez minutos em espetáculos com outras bandas.
Charlie rapidamente se apadaptara a essa nova realidade e a se apresentar em ginásios e estádios de concreto americanos. "Quando passaram a colocar microfones na bateria", ele observou, "teve início um novo mundo, mas isso nunca iria captar a marca que se desenvolve na relação entre o chimbal e o bumbo. Bons bateristas fazem isso, mas o que ouvimos é a versão de outra pessoa que vem e faz a mixagem. O som fica muito alto, mas achatado".
O crescimento continuo do volume no palco e o advento de monitores de retorno também trouxeram para o primeiro plano as idiossincrasias da abordagem dos Stones ao ritmo corporativo. Com Brian fora do caminho, e Mick Taylor dócil como um cordeirinho, Keith Richards estava se transformando em mais do que uma das quatro paredes humanas da cela acolchoada do saltitante Mick Jumpin' Jack Flash. Antes, muitos espectadores não lhe davam atenção, mas não demorou até que Jagger passasse a acenar para que dividissem o microfone em pelos menos uma música em cada show.
Em espetáculos mais típicos dos Rolling Stones, a interação entre Richards e Taylor revelava uma diferenciação entre as guitarras solo e base que não existia sob o antigo regine Brian-Keith, tanto que a crítica passou a louvar tanto a desconstrução de acordes de Keith quanto os solos deslumbrantes dele e de Taylor. De repente, o guitarrista base não ficava mais na sombra enquanto o outro cara embasbacava o público com os dedos ágeis. "Sem a guitarra base de Keith não haveria Rolling Stones", declarou Jack Niztsche. "O que ele faz é tocar guitarra sem tentar aparecer. É puro bom gosto. Keith não é muito de caras e bocas."
Mas, nas palavras de Keith: "Eu nunca disse que era um guitarrista base. Outras pessoas construíram minha reputação por mim". Apesar disso, o conceito de que o guitarrista e o cantor são controlados pelo bloco em cadência definida estritamente pelo baixo e pela bateria sempre foi equivocado.
No caso dos Stones, isso era destruído pela interação no palco fundamentada na crueza dos acordes talhados por Richards com uma compulsividade estética que não passava despercebida pelos virtuoses da guitarra, entendidos do aspecto técnico. Na opinião de Bill Wyman: "A nossa banda não segue o baterista. O nosso baterista segue o guitarrista base. Portanto, acontece um atraso de um centésimo de segundo entre a guitarra e a bela bateria de Charlie. No palco, temos que seguir Keith. Não há como não seguir Keith. Com Charlie a acompanhá-lo, lá vem aquele atraso milimétrico. O resultado é a pulsação livre que existe entre Keith, Charlie e eu".
"Keith geralmente sabe que o estamos acompanhando, por isso não se preocupa se Charlie muda a batida ou perde um pouco de sintonia com o som da guitarra. Keith faz um corte de um quarto de compasso em algum lugar e de repente Charlie está no tempo certo, e não mais atrasado ou adiantado. Ele fica surpreso e instigado, já que é muito difícil para um baterista alternar a batida, principalmente nas introduções. Charlie tem retorno, mas se os urros da platéia não deixarem que ouça direito o som é muito difícil diferenciar os tempos fortes e fracos. O problema é que Charlie geralmente não faz a menor idéia de que está na batida errada, ele fecha os olhos e fica na dele. Alguém tem que ir até lá e chutar o chimbal, mas acho que esse é um dos charmes dos Stones"

Jumpin' Jack Flash (Jagger-Richards) 4:02
Um diálogo cacofônico bem londrino entre Jagger e o mestre de cerimônias Sam Cutler é o frontispício para uma faixa de abertura de impacto díficil de reproduzir, seja qual for a banda.

Carol (Berry) 3:47
Interpretação carinhosa de uma composição de Chuck Berry obrigatória no repertório das apresentações da banda desde o início até cerca de 1965 - com Ian Stewart oculto ao piano.

Stray Cat Blues (Jagger-Richards) 3:41
Jagger subtrai dois anos da idade da groupie nesta interpretação vigorosa da faixa de Beggars Banquet.

Love In Vain (Trad. Arranjo Jagger-Richards) 4:57
Com solo arrasador de Bottleneck Guitar de Mick Taylor, esta é a única faixa lenta do álbum. In vertendo o princípio de que uma gota de preto deixa a tinta branca mais branca, os Stones deixaram músicas vibrantes ainda mais intensas incendiando tudo quando chegavam a um terço da interpretação. Uma boa alternativa a essa faixa seria "Prodigal Son", na qual Keith toca violão sentado em um dos bancos colocados no palco para que ele e Mick fizessem um dueto enquanto os outros respiravam um pouco. Ela foi descartada porque os pianíssimos dos dois tendiam a ser fustigados pelo fogo de barragem incessante de gritos, assobios e , o pior, urros pedindo "19th Nervous Breakdown", "Paint It Black", qualquer coisa alta.

Midnight Rambler (Jagger-Richards) 9:05
Uma das favoritas de Jagger no palco, esta música permite que ele crie um clima ameno, intensifique a tensão até o quase delírio e finalmente encerre o ato com a platéia pedindo mais. Tocada ao vivo com todo tipo de andamento, dinâmica me refinamento, "Midnight Rambler" se aproximou dos 15 minutos em outros show da turnê, como na gravação incluida no disco pirata We Didn't Really Get In On Until Detroit.

Simpathy For The Devil (Jagger-Richards) 6:52
A faixa começa com os gritos de uma garota pedindo "Paint It Black, Paint It Black!!!"e traz um solo de Richards que, apesar de não ter o som cortante da versão em estúdio, é impregnado com a emergência de uma situação ao vivo, quase como se ele estivesse tocando durante um salto de paraquedas.

Live With Me (Jagger-Richards) 3:03
Provavelmente havia escolhas mais interessantes entre os quilômetros de fitas registradas durante a turnê que esta música pós-Satanic Majesties.

Little Queenie (Berry) 4:33
Duas interpretações deste rock de Chuck Berry foram gravadas e enviadas ao nada impressionado Alexis Korner na primavera de 1962 por Little Boy Blue and The Blues Boys, ou seja, Jagger, Richards, Dick Taylor e amigos estudantes. Esta é a segunda faixa do disco a trazer Ian Stewart nos teclados. "Little Queenie" ainda estava no ar um ano e meio depois, quando um de seus versos foi citado no fade out de "Get It On" do T-Rex, que emplacou na primeira posição das paradas britânicas.

Honky Tonk Women (Jagger-Richards) 3:45
Também gravada na apresentação do Madison Square Garden. Como "Jumpin' Jack Flash", esta interpretação evoluiu bastante em relação a apresentada no Hyde Park, apesar de a platéia ter enlouquecido da mesma forma em ambas.

Street Fighting Man (Jagger-Richards) 4:03
Os amplificadores estavam no máximo nesta interpretação, que por pouco não é um retrato sonoro de uma carnificina de Gêngis Cã.


Liam Gallagher: 'Twitter é um lixo'

       Liam Gallagher  (ex-vocalista do Oasis) declarou que o Twitter é um lixo.
      O atual frontman do Beady Eye declarou que não é lá um grande fã do microblogging, apesar de sua                página no twitter, ter mais de 200.000 followers.
      "Eu só escrevo alguma coisa, quando alguém entendeu alguma coisa errada, é dessa forma que quero usar isto." Declarou a Absolute Radio.
     "Se alguém está latindo na árvore errada, eu trato de dizer a esta pessoa a direção certa, fora isso, escrever lá, é lixo"
        A página de Liam no Twitter, atualmente é usada para promover a marca de roupas 'Pretty Green'



sábado, 26 de março de 2011

Strokes começa a trabalhar no sucessor de 'Angles' em Abril

        O Strokes irá começar a trabalhar no sucessor de 'Angles' em Abril deste ano, foi o que confirmou o baixista da banda Nikolai Fraiture.
         A declaração de Fraiture vai de encontro ao que já disse o vocalista da banda Julian Casablancas, que a banda deveria começar a trabalhar em novo material o mais rápido possível. 
        Fraiture também declarou que não se importa com as críticas que o novo material não é tão acessível imediatamente quanto os trabalhos anteriores da banda.
       "Eu amo, o que leva alguns a escutar o álbum. Após uma pausa de cinco anos, não queríamos fazer um trabalho que alguém dissesse: 'Ok, eu entendi tudo na primeira vez que ouvi'"
         A propósito, 'Angles' está na segunda posição da parada inglesa, publicada em 23 de Março.

Vocalista confirma que o Suede está trabalhando em novo disco.

       Brett Anderson, vocalista da banda inglesa Suede, confirmou a Rolling Stone da Indonesia, que a banda está trabalhando em um novo álbum.
       Apesar de admitir que a banda está trabalhando em músicas novas, ele disse que só irá liberar as mesmas, se elas forem excelentes.
         Anderson, também declarou que a decisão de liberar ou não o material novo, influenciará na decisão de terminar com a banda, ou não.
      Perguntado se o Suede iria tocar além do verão europeu, foi taxativo: "Isso vai depender do que estamos produzindo, não sei ao certo por quanto tempo é correto excursionar somente com músicas velhas e datadas."
          Para quem não se lembra, o Suede foi uma das bandas reveladas pelo novo Brit Pop dos anos 90, junto com Oasis e Blur.

Amy Winehouse fará dueto com Tony Bennet

      Já está confirmado, o dueto entre Amy Winehouse e Tony Bennet verá a luz do dia em Setembro/2011.
    A cantora de Black to Back gravou com Bennet como fizeram outros artistas entre eles, Sheryl Crow, Norah Jones e Mariah Carey para o lançamento do segundo álbum de duetos de Bennet, intitulado "Duets II".
     A música escolhida para o dueto foi Valerie, que já foi gravada por Winehouse.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Bob Dylan - No Direction Home; The Soundtrack. Bootleg Series Vol.7














Lançamento: 30 de Agosto de 2005
Produtor: Jeff Rosen, Steve Berkovitz, Bruce Dickinson e Martin Scorcese
Selo: Columbia
Duração: 72:22

Este CD duplo descreve-se orgulhosamente como a trilha sonora do longa-metragem em duas partes de Martin Scorcese. Apenas duas das faixas já haviam aparecido em álbuns antes. Mas não se trata de uma trilha sonora no sentido convencional: a estrutura do filme brinca de maneira rápida e livre com o tempo. Os compiladores desta seleção usaram as músicas presentes no filme (incluindo material desenterrado da turnê britânica de 1966) como ponto de referência, encontrando tomadas alternativas, perfomances ao vivo raras e faixas inéditas que amplificam as sequências pivotais do filme e evitam redundâncias. Como foi lançada antes, a trilha também aumentou a expectativa para a transmissão do documentário na televisão.
Há, como de costume, um livreto com ensaios e notas, desta vez de autoria do ex-empresário e manda-chuva dos Rolling Stones, Andrew Loog Oldham, cujos devaneios em minúsculas foram vistos, na época, como uma cópia direta do estilo de Dylan. ele ainda os pratica: "na inglaterra e na frança, mais conhecidas como europa, havia dylan antes que houvesse os beatles e os stones. 45 anos depois, dylan ainda move os peões, define o jogo e registra o badalo dos sinos, nossas vidas viram shakespeare novamente".
A capa traz a famosa foto de Barry Feinstein de um Dylan com os cabelos desgrenhados pelo vento e extremamente soturno, numa estrada para lugar nenhum, posando ao lado de um cruzamento desolado de uma linha férrea, enquanto Pennebaker aguarda um Austin Princess 0 cuja placa foi astuciosamente alterada para "1235 RD", uma piada interna em referência a "Rainy Day Women #12 & 35". Na contracapa da caixa dos CDs há um Dylan angelical cantando uma escadaria. Dentro há tesouros ainda maiores: A capa de Bringing It All Back Home antes do tratamento psicodélico; Bob quando bebê; pilhas de latas de filme e fitas de rolo; o seu cachecol de Blonde On Blonde ; segurando uma cruz desgastada, mais de uma década antes de se converter. E o mais pungente de todos, Bob pilotando sua motocicleta sem capacete, antes do acidente. O livreto quase se equipara ao extraordinário feito de arqueologia cultural que é o filme de quatro horas de Scorcese.

CD 1
When I Got Troubles (Dylan) 1:30
Uma gravação doméstica de 1959 do que foi provavelmente a primeira composição do jovem Bob - e é também muito melíflua, poderia ser o jovem Paul McCartney. O violão é desajeitado, mas espirituoso, a letra é centrada nele próprio e pessimista desde o início, mas o vocal é doce como Ricky Nelson. John Harris afirma que esta "pode passar por uma gravação de campo pré-guerra ou por uma sobra hilariamente lo-fi da Anthology de Harry Smith.

Rambler, Gambler (tracional, arranjo de Dylan) 2:28
Em agosto de 1960, Cleve Petterson comprou um gravador novíssimo na Radio Shack de Minneapolis e o testou com um pretendente à fama e gazeteiro da universidade local. A voz da melodia folk "Wagoner's Lad" já é reconhecidamente de Dylan, com uma técnica ao violão rapidamente melhorada.

This Land Is Your Land (Woody Guthrie) 5:59
Ao vivo no Carnegie Chapter Hall em 4 de novembro de 1961, este é o hino de Guthrie, que seria o clímax dos shows da Rolling Thunder Revue. Gaita rudimentar e uma interpretação pesarosa do jovem clone de Woody, mas com um anseio totalmente próprio. Nascera um gênio.

Song To Woody (Dylan) 2:41
A composição mais antiga de Dylan presente em seu primeiro álbum e um adeus ao mestre, criativamente falando. Um momento pivotal no documentário - Dylan conta que teve de compô-la porque precisava tirar esses sentimentos da cabeça e soltá--los no ar.

Dink's Song (tradicional, arranjo de Dylan) 5:03
Minneapolis, Minnesota, 22 de dezembro de 1961
Esta e a canção seguinte foram gravadas por Tony Glover, amigo de Bob, três dias antes do Natal e incluídas em muitos discos piratas com o nome de "Minnesota Hotel Tapes". Mas esta vem diretamente da fita master. "Dylan já é um intérprete maravilhoso de músicas tradicionais", diz Eddie Gorodetsky nas notas do livreto.

I Was Young When I Left (Dylan) 5:25
Minneapolis, Minnesota, 22 de dezembro de 1961.
"Eu meio que a fiz num trem. Deve ser boa para alguém, se não para mim." A música é imensamente pungente e tem um contexto autobiográfico forte, embora Dylan nunca tenha perdido contato com a família como o protagonista da canção. É um exemplo precoce de Bob retrabalhando letras circulantes de músicas tradicionais em prol de sua própria expressão pessoal. O dedilhado solitário do violão é tão melodioso que quase machuca os ouvidos.

Sally Gal (tradicional, arranjo de Dylan) 2:38
Sobra de estúdio de The Freewheelin' Bob Dylan.
"70086, tomada um", entoa o grande John Hammond, e lá vai seu mais recente protegido à época, tocando gaita como um frango cacarejando no fogo, e então entra uma letra banal cantada por ele como o nonsense que de fato é, mas com muito espírito. "Uma batida exuberante... o equivalente folkie de se terminar uma apresentação com "Not Fade Away", é como as notas do livreto descrevem a música. E Bob sabe berrar.

Don't Think Twice, It's All Right (Dylan) 3:36
Demo para Witmark Music, março de 1963.
O editor musical de Bob, Lou Levy, o trancava numa sala com um gravador para que registrasse suas últimas músicas para serem transcritas em partituras. As canções eram prensadas em discos e enviadas para outros artistas, e foi assim que o nome de Dylan começou a se espalhar. Mas esta versão é mais do que um exercício técnico, é cantada com sentimento verdadeiro e um acompanhamento límpido de violão.

Man Of Constant Sorrow (Dylan) 3:24
A atribuição da canção a Dylan surpreenderia os apalachianos que a cantavam antes mesmo do nascimento do suposto autor, mas ele a refaz à sua própria imagem e nos faz acreditar que realmente vivenciou tudo aquilo. Retirada do programa de TV de 1963 Folk Songs.

Blowin' In The Wind (Dylan) 4:23
Ao vivo no Town Hall, em Nova York, em 12 de abril de 1963.
"Aqui vai uma canção que compus e foi gravada. Não soa muito da maneira como eu a canto. Mas a letra é a mesma. Isso é o que importa."Ele a resgata de Peter, Paul and Mary com esta versão melancólica, introduzida por uma gaita solitária, e desta vez, "menos um hino político e mais como a pergunta de um amante".

Masters Of War (Dylan) 4:43
Ao vivo no Town Hall, em Nova York, em de 12 de abril de 1963.
"Acredito no Dez Mandamentos. O primeiro "Eu sou o Senhor teu Deus", é um ótimo mandamento, quando não dita pelas pessoas erradas." Ele a canta vivamente, quase de maneira costumeira, mas repleto da raiva de um jovem. A platéia vai à loucura.

A Hard Rain's A-Gonna Fall (Dylan) 8:23
Ao vivo no Carnegie Hall, em Nova York, em 26 de outubro de 1963.
Bob apresenta a canção explicando que algo está para acontecer, por implicação não necessariamente da crise dos mísseis cubanos em 1962, como referenciado por Nat Hentoff nas notas de capa de Freewheelin'. Os diferentes timbres que dá ao violão são incríveis, e ele canta com temor e compaixão ao mesmo tempo. Uma versão ao vivo afiadíssima.

When The Ship Comes In (Dylan) 3:37
Ao vivo no Carnegie Hall, em Nova York, em 26 de Outubro de 1963.
"Hoje em dia há Golias mais cruéis", mas eles serão mortos também. Entre eles, recepcionistas de hotel zelosos em excesso, trazidos estridentemente até aqui por Bob com seu estilingue de palavras.

Mr. Tambourine Man (Dylan) 6:43
Columbia Studios, Nova York, 9 de Junho de 1964.
Tom Wilson soa bêbado, ou muito irônico, ao dizer a esses dois fãs de Guthie que cheguem mais perto do microfone. É a primeira tomada completa da música, embora Bob e seu parceiro no crime, Ramblin' Jack Elliott, mutilem um pouco a letra. Uma sobra de estúdio de Another Side Of Bob Dylan, com um álbum de antecedência, supostamente a versão enviada para os Byrds, que inventaram o "folk rock" com auxílio dela! Deve ser - o andamento é quase idêntico, embora McGuinn, Clark e Crosby planem no vocal enquanto estes dois tropeçam simpaticamente.

Chimes Of Freedom (Dylan) 8:04
Ao vivo no Newport Folk Festival, Rhode Island, em 26 de julho de 1964.
Uma versão majestosa e impetuosa dessa visão mística, na última presença de Dylan no festival de Newport aclamada quase que unanimemente. Sua voz é dura como uma árvore. No ano seguinte, ele retornaria para enterrá-la. "O entusiasmo malemolente de um homem com trovões no bolso."

It's All Over Now, Baby Blue (Dylan) 3:33
Sobra de estúdio de Bringing It All Back Home , Columbia Recording Studios, Nova York, 16 de Janeiro de 1965.
Com variação melódica discreta, porém doce, a música também serviu como o bis acústico do controverso repertório elétrico em Newport em 1965, supostamente um adeus a qualquer fã de folk que não conseguisse segui-lo no redemoinho.
O primeiro dos dois CDs não o traz o menor traço de eletricidade, exceto na força das interpretações de Dylan. As coisas vão mudar.

CD 2
She Belongs To Me (Dylan) 4:08
Sobra de estúdio de Bringing It All Back Home, Columbia Recording Studios, Nova York, 14 de Janeiro de 1965.
Mais lenta e límpida do que a versão lançada, e sem bateria, com o baixo marcando a pulsação. A música era originalmente chamada "Worse Than Money". Dedilhados fluídos de guitarra de Langhorne e um vocal tipicamente sublime de Dylan, até que se ouça a letra com um pouco mais de atenção: ou é sobre uma bela e mimada mulher, ou é sobre a musa.

Maggie's Farm (Dylan) 5:03
Ao vivo no Newport Folk Festival em 25 de Julho de 1965.
Peter Yarrow anuncia num tom extremamente sério: "A pessoa que vem a seguir... mudou a face da música folk para o grande público americano porque trouxe a ela o ponto de vista de um poeta". O que ouvimos em seguida é como um moleque de rua gritando - "Vamos nessa"- , acompanhado da banda da pesada de Paul Butterfield e com a língua presa numa cerca de arame farpado. Bloomfield toca como um louco. O arranjo é afiado e sem vergonha, e de fato combina com a poesia desdenhosa da canção muito mais do que um violão sozinho jamais poderia. "Ele tem um tempo limitado". Não poderia ser mais verdade, e o resto deste CD sensacional traçará o que aconteceu ao longo dos 12 meses seguintes.

It Takes A Lot To Laugh, It Takes A Train To Cry (Dylan) 3:35
Sobra de estúdio Highway 61 Revisited , Columbia Recording Studios, Nova York, 15 de Junho de 1965. Título Original: "Phantom Engineer".
Esta é a oitava tomada do que Kooper chama de esboço "em andamento para cima", bem no estilo da música anterior. Al ressuscitou este arranjo em Super Session, álbum que é como Hamlet sem o príncipe. O engenheiro de som da última estrofe é suprimido. "Bloomfield continua a virar o idioma do blues de cabeça para baixo."

Tombstone Blues (Dylan) 3:36
Tomada alternativa (tomada 9) de Highway 61 Revisited, Columbia Recordings Studios, Nova York, 29 de julho de 1965.
Hora da comédia. Uma sobra de estúdio frenética, com vocais de fundo dos rapazes da banda, inseridos em overdubs posteriores pelos Chambers Brothers. Mas o que a distingue é o baixo como fuzz que soa como se tivesse se esgueirado de uma sessão de Spike Jones. É possível ouvir melhor o orgão, e Bloomfield uiva. Dylan realmente canta "John the blacksmith" ["John, o ferreiro"]? Ele cai na gargalhada, e ninguém pode culpá-lo.

Just Like Tom Thumb's Blues (Dylan) 5:45
Tomada alternativa (tomada 5) de Highway 61 Revisited, Columbia Recording Studios, Nova York, 2 de agosto de 1965.
Esta tomada inicial não traz o "som de nascer do sol turvo de giz de cera borrado" da versão do álbum, aparentemente. É ótimo ouvir todos os ingredientes da tomada final, ainda não cozinhados por completo, com piano elétrico proeminente, guitarra lânguida e um vocal menos urgente. E a letra só precisava de um pequeno ajuste: "the cops don't need you here" ["os tiras não precisam de você aqui"] tem uma palavrinha a mais.

Desolation Row (Dylan) 11:40
Tomada alternativa (tomada 1) de Highway 61 Revisited , Columbia Recording Studios, Nova York, 29 de Julho de 1965.
Gravada no meio da noite, traz uma aura distante. Para John Harris, "o delicado riff acústico é substituido por um dedilhado lúgubre do blues - Kooper toca guitarra como o Jovem Lou Reed". O próprio Kooper escreve que esta versão "casa a música com a característica algo do punk do restante do álbum. Foi uma pena que o baterista já tivesse ido embora quando a gravamos". Mas ela se arrasta, enquanto a versão lançada desfila. Ainda assim, já vale quanto pesa pelo verso omitido sobre kafkanianos dando de comer "as entranhas fervidas de passáros" a Casanova.

Highway 61 Revisited (Dylan) 3:40
Tomada alternativa (tomada 6) de Highway 61 Revisited , Columbia Recording Studios, Nova York, 2 de agosto de 1965.
Piano elétrico percussivo e Bloomfield numa slide guitar matadora - ele saca alguns solos aqui e alí também -, com uma bateria inquieta. Mas algo está faltando. No final da tomada, Kooper tira a sirene de polícia que carrega pendurada no pescoço para dar aos hippies chapados o susto de suas vidas e sugere a Dylan que a coloque em seu suporte de gaita. É como dar um novo chocalho a um bebê e, dito e feito, na tomada final Dylan fez um uso brilhante dela.

Leopard-Skin Pill-Box Hat (Dylan) 6:26
Tomada alternativa (tomada 1) de Blonde On Blonde, Columbia Recording Studios, Nova York, 1 de Janeiro de 1966.
Uma versão muito mais lenta e cruel, com Dylan soando chapado e a banda como se tivesse saído do boteco mais barra pesada do Southside de Chicago. Nesta versão, Dylan usa seu cinto em torno da cabeça e acrescenta dois versos, sobre estar "tão sujo, garota, andando o dia inteiro numa lata de lixo fria", ["so dirty, baby, walking all day in the cold bin"] - suas mãos estão sujas, bem como sua mente - e outro sobre querer ser o chofer dela, do modo como cantou Memphis Minnie.

Stuck Inside Of Mobile With The Memphis Blues Again (Dylan) 5:45
Tomada alternativa (tomada 5) de Blonde On Blonde, Columbia Recording Studios, Nashville, 17 de Fevereiro de 1966.
Kooper conta uma história adorável sobre Dylan não querer chamar o pianista cego por seu apelido "Pig" (porco), e então usar Al como intermediário. É possível sentir imediatamente o clima relaxado de Nashville, e ainda assim uma musicalidade precisa. Este ensaio inicial é tão relaxado para a letra que carrega, que Dylan a esgota em alguns momentos.

Visions Of Johanna (Dylan) 6:38
Tomada alternativa (tomada 8) de Blonde On Blonde, Columbia Recording Studios, Nova York, 30 de Novembro de 1966.
De volta a Nova York para esta versão com os Hawks e Kooper. Robbie acrescenta alguns licks matadores, a bateria é marcial e o andamento, acelerado. Como apontam as notas de Gorodetsky, é assim que a música poderia ter soado se tocada durante a parte elétrica da turnê européia. Mas falta a beleza da versão de Nashville.

Ballad Of Thin Man (Dylan) 7:46
Ao vivo no ABC Theatre, em Edimburgo, 20 de maio de 1966.
Uma versão lenta incrível tocada em um show até então inacessível, que nos faz perceber como cada apresentação nessa turnê foi sutilmente diferente. Onde está a box set, Sony? Dylan canta cada verso com um homem batendo os pregos no caixão da música folk. Hudson é como um fantasma da ópera, enlouquecido no orgão. E Robertson toca não mais do que as notas precisas, além da seção rítmica que inventa o heavy metal.

Like A Rolling Stone (Dylan) 8:12
Ao vivo no Free Trade Hall, em Manchester, em 17 de Maio de 1966, lançada anteriormente em The Bootleg Series Volume 4: Live 1966.
O ápice que mostra como progrediu um documentário incrível de quatro horas. É um longo caminho desde "When I Got Troubles", mas aquele jovem delgado com certeza progrediu.

Beady Eye confirma lançamento de novo single dia 02/05

       O Beady Eye, banda do ex-Oasis Liam Gallagher, confirmou que o próximo single da banda intitulado "Millionaire" será lançado dia 2 de Maio.
       É o segundo single  a ser lançado da banda, que faz parte do álbum "Different Gear, Still Speding". O Single estará disponível para download e em vinil de 7 polegadas com o lado B contendo "Man Of Misery" que não está incluída no álbum.
    A banda recentemente gravou o clip para esta música na Espanha, mas ainda não há data para o lançamento do vídeo.

Clássicos - Beatles - Help!
















Lançamento: 6 de Março de 1965
Selo: Parlophone
Produção: George Martin
Duração: 33:06


       O quinto álbum dos Beatles pela Parlophone foi também a trilha sonora de seu segundo filme. O lado Um contém sete das oito músicas da banda apresentadas no longa - a oitava, "She's A Woman", não foi incluída no álbum.
      Entre as sete, "Another Girl" e "Ticket To Ride" trazem Paul McCartney na guitarra solo pela primeira vez em disco. O lado Dois conta com quatro composições de Lennon e McCartney: "It's Only Love" com um som trêmulo incomum de guitarra,  "Tell Me What You See", "I've Just Seen A Face" e a brilhante "Yesterday".
         Das outras três faixas do lado Dois, "You Like Me Too Much" foi composta por George Harrison, e "Act Naturally" e "Dizzy Miss Lizzy" constituem duas das últimas músicas gravadas pelos Beatles que não são de autoria própria. "Bad Boy", embora gravada na mesma época, só foi lançada na Inglaterra 18 meses depois - na coletânea  A Collection Of Beatles Oldies . Anteriormente, a faixa aparecia apenas no álbum americano Beatles IV.
        Com Help!, os Beatles começam a se distanciar da formação simples de duas guitarras, baixo e bateria em direção a um som  mais complexo, particularmente em faixas como "You've Got To Hide Your Love Away", "It's Only Love"e "Yesterday". Esta traz Paul com um quarteto de cordas. Essa mudança de rumo se fez notar de modo mais acentuado e definitivo quatro meses depois, quando Rubber Soul foi lançado.
       As capas dos álbuns lançados no Reino Unido e nos Estados Unidos eram bastante diferentes. A versão americana é uma capa dupla que contém na parte interna, basicamente, uma propaganda em forma de fotos e informações sobre o filme.
        Além disso, na capa americana, alguém cometeu o curioso de reposicionar as quatro fotografias dos Beatles, de modo que os sinais que deveriam ser soletrados como "H-E-L-P" (da mesma forma que na capa britânica) soletram na verdade  "H-P-E-L".

Lado UM
Help! (Lennon - McCartney) 2:16
O vocal analasado de John é apoiado por Paul e George no refrão. Esta é uma das primeiras etras dos Beatles a não contar uma historinha de "garoto-encontra-garota/garoto-perde-a-garota".  É uma verdadeira súplica de John por ajuda, comparando a situação em que ele se encontra no momento com uma época mais antiga, menos complicada. Posteriormente, ele diria: "Eu realmente quis dizer aquilo... O pedido de socorro era de verdade! A letra é tão boa agora quanto era na época. Isso não mudou, e saber que eu tinha consciência de mim mesmo então me traz segurança. Eu estava cantando 'help' [socorro] e realmente pretendia dizer isso."


The Night Before (Lennon - McCartney) 2:33
A voz principal (gravada em duas pistas) é de Paul, com os vocais de fundo de John e George mixados como fragmentos de um sonho do qual não se lembram totalmente. O piano elétrico é tocado por John.

You've Got To Hide Your Love Away (Lennon - McCartney) 2:08
A letra intrigante de John Lennon mostra a influência de Bob Dylan. O solo vocal é de John, e, perto do final, é acompanhado por flautas.

I Need You (Harrison) 2:28
A voz de George nesta canção, de sua própria autoria, prova que ele podia compor músicas tão boas quanto as de John e Paul, que aqui acrescentam as vozes de fundo em agradáveis harmonizações. O misterioso som de guitarra tocado por George, que ele utilizaria  em outras gravações em 1965 (em especial na de "Yes, It Is"), é obtido com o pedal de volume.

Another Girl (Lennon - McCartney) 2:02
Quem canta esta faixa é Paul, com harmonias vocais de John e George e a mesma batida sincopada usada em  "She's A Woman". A guitarra solo é tocada por Paul pela primeira em um álbum dos Beatles, e realmente vale a pena ouvir o seu desempenho no final da música.

You're Going To Lose That Girl (Lennon - McCartney) 2:18
O timbre de voz anasalado de John funciona mais uma vez de maneira perfeita nesta música. Paul e George fazem o contracanto a duas vozes e as harmonizações vocais no refrão.

Ticket To Ride (Lennon - McCartney)  3:03
Lançada anteriormente em compacto, esta música é cantada essencialmente por John, com Paul fazendo a segunda voz aguda, em grande parte das frases. McCartney também faz aqui sua segunda aparição na guitarra solo.


Lado DOIS
Act Naturally (Morrison-Russel) 2:27
Esta é a musica cantada por Ringo neste álbum. Paul colabora com a segunda voz em alguns trechos enquanto John e George tocam as guitarras country and western/rockabilly.

It's Only Love (Lennon - McCartney) 1:53
Esta canção surgiu com o intrigante título de "That's A Nice Hat", antes que John fizesse a letra. George Martin gravou um arranjo orquestrado dela na versão instrumental que ele próprio produziu do álbum Help!. Esta deve ter sido a primeira (e inocente) incursão de John em uma letra sobre a expansão da consciência (a musica começa com as palavras "i get high" ou "eu fico doidão"). A guitarra solo com som trêmulo é resultado de mais experimentações de George com o pedal de volume/tom. Ele só alcançaria o domínio perfeito da técnica em "Yes It Is"

You Like Me Too Much (Harrison) 2:34
George canta esta sua composição, com a segunda voz de Paul no refrão. A introdução traz Paul e George Martin no mesmo piano Steinway. John toca piano elétrico ao fundo e no interlúdio instrumental ao estilo pergunta e resposta, que traz também George  na guitarra solo. O talento de George como compositor  está evidente aqui - como em "I Need You", no lado Um do álbum.

Tell Me What You See (Lennon-McCartney) 2:35
A estrutura vocal desta canção é incomum: John e Paul fazem dueto em uníssono na primeira parte das estrofes e Paul canta sozinho nas "respostas", além de tocar o piano elétrico ao fundo.

I've Just Seen A Face (Lennon-McCartney) 2:04
Esta faixa era a principio uma música instrumental intitulada "Aunty Gin's Theme", com esse título, foi gravada também por George Martin. A letra, de Paul, mostra uma influência discreta de Dylan, embora o estilo da música lembre mais "Rocky Raccoon", do "Álbum Branco"

Yesterday (Lennon-McCartney) 2:04
A canção mais famosa de Paul McCartney nasceu com o título de "Scrambled Eggs" e tem o mesmo histórico de  "It's Only Love" e "I've Just Seen A Face". Pela primeira vez, nenhum dos outros beatles participa da faixa, que pode ser classificada como uma gravação solo de Paul - em que ele canta e toca violão, acompanhado por um quarteto de cordas.

Dizzy Miss Lizzy (Williams) 2:51
Mais uma vez, John faz bom uso de seu vocal rasgado nesta música de Larry Williams, outro standard dos Beatles no Cavern Club. A banda mantém-se bem fiel ao arranjo original da música, mas inclui alguns "uuuus" e "aus" para conseguir um clima de apresentação ao vivo.

domingo, 20 de março de 2011

Clássicos - Faith No More - The Real Thing (1989)
















Selo: Slash
Produção: Faith No More - Matt Wallace
Nacionalidade: EUA
Duração: 54:58



       O terceiro álbum do Faith No More surgiu da volatilidade. Criado como uma banda pós-punk em 1982, o quinteto de São Francisco despediu o vocalista alcoólatra Chuck Mosley e substituiu-o pelo atraente Mike Patton, de 20 anos, originário de Eureka, na Califórnia, possuidor de uma grande extensão vocal e de uma curiosa maneira de brincar com as palavras.
       Ele se tornou uma fonte de inspiração. The Real Thing é variado mas bem-acabado, indo desde o trash de horror burlesco em "Surprise! You're Dead" à balada lounge "Edge Of The World", passando pelas convulsões de rock progressivo da musica que dá o título ao álbum e pelo estrondoso instrumental "Woodpecker From Mars", com os seus timbres orientais.
        Há três singles memoráveis: "From Out Of Nowhere" é uma vibrante música de amor adornada por um riff do tecladista Roddy Bottum; "Falling To Pieces" evidencia o estilo funk do baixista Bill Gould e do baterista Mike Bordin. O grande sucesso, contudo - chegando ao nono lugar dos Estados Unidos - foi "Epic", uma minissinfonia dramática, muito divulgada pela MTV, com versos rap, um refrão atraente, os solos do guitarrista Jim Martin e um final majestoso de piano.
        Apesar da sua popularidade entre os fãs do metal, o grupo nunca apreciou esse gênero e regressou, três anos mais tarde, com o maravilhoso e bizarro Angel Dust. Ainda assim, The Real Thing viria a ser uma influência importante para bandas de numetal como Korn e Limp Bizkit, que faziam versões cruas e sem humor da sutil fusão de estilos do Faith No More. Patton, em particular, desprezava esses seguidores. Hoje, ele pode ser encontrado facilmente nas margens vanguardistas do pop, colaborando com Björk, com a lenda do avant-jazz John Zorn e como o chefão do hip-hop Dan The Automator.


Tracklist

From Out Of Nowhere 3:20
Epic 4:51
Falling To Piece 5:12
Surprise! You're Dead! 2:25
Zombie Eaters 5:58
The Real Thing 8:11
Underwater 3:49
The Morning After 3:41
Woodpecker From Mars 5:38
War Pigs 7:43
Edge Of The World 4:10

Damon Albarn irá produzir peça música 'Dr. Dee'

      O vocalista do Blur e do Gorillaz, Damon Albarn irá produzir a peça teatral 'Dr. Dee' com estréia programada em julho no England's Manchester International Festival.
         'Dr.Dee' que Damon diz ser um grande músical com várias músicas e opera será encenado no English National Opera, após sua estréia no Manchester Festival.
       Esta é a segunda produção de Albarn, o seu debut foi com 'Monkey: A Journey To The West' uma opera chinesa em colaboração com o produtor chinês Chen Shizeng e sua parceira no Gorillaz Jamie Hewlett.

Incubus finaliza o sétimo álbum

         O manager da banda Steve Rennie, declarou ao fã clube da banda, através de seu website, que o novo álbum do Incubus estava totalmente finalizado.
           Em seu post, Rennie declarou: "O álbum está finalizado, peguei minha cópia no estúdio Henson na última noite."
         Ele declarou que o novo álbum não se parece em nada com seus antecessores, que o Incubus não gravou nada parecido antes.
           O último álbum do Incubus foi o "Light Grenades" de 2006.

Lou Reed, Yoko Ono e Sean Lennon em show para vítimas do terremoto no Japão

            Lou Reed, Yoko Ono, Sean Lennon e outros músicos farão uma apresentação para arrecadação de fundos para as vítimas do terremoto e tsunami no Japão.
          Reed tocará no New York's Japan Society no dia 9 de Abril. Phillip Glass e Hal Willner tocarão juntos no mesmo concerto, junto com Laurie Anderson e o compositor Jonh Zorn, que foi quem organizou o evento.
           Em 27 de Março, outro concerto para arrecadação de fundos acontecerá no Columbia University's Miller Theatre. Sonic Youth, Yoko Ono, Sean Lennon, Cibo Matto e Mike Patton se apresentarão neste show.

Fotográfo de Johnny Cash revela a verdade por trás da foto da prisão de San Quentin

              A história por trás da famosa foto de Johnny Cash tirada em 1969, durante a apresentação na cadeia de San Quentin foi revelada.
            O fotográfo Jim Marshall pediu a lenda do folk/country para expressar o que ele achava das autoridades do prisão , em que ele havia acabado de tocar.
                  Marshall declarou que esta foto é uma das mais copiadas da história do mundo.
              As novas declarações coincidem com a publicação de Pocket Cash:  uma coleção de fotos de Cash tiradas por Marshall. A coleção está exposta na galeria SNAP em Londres.
                 Acesse www.snapgalleries.com para maiores informações.




sábado, 19 de março de 2011

Baterista do The Killers dá nome à álbum solo.

            Ronnie Vannucci, baterista do The Killers, já deu nome ao seu álbum solo, que se chamará "Big Talk"
          O álbum foi gravado em Londres e mixado por Alan Moulder. O álbum ainda não tem data de lançamento, mas em entrevista a NME, disse que já irá a executar as músicas do álbum ao vivo.
             "Eu não estou pronto ainda, para colocar meus cabelos enrolados à frente do grande palco ainda", admitiu ele, disse ainda que "do ponto de vista do guerrilha, faz sentido experimentar tudo isso junto".
          Vannucci chamou os amigos Tyler Milne e o baixista do Weezer Matt Sharp para tocar em seu álbum.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Foo Fighters irá lançar discos de covers para o "Record Store Day" americano

O Foo Fighters irá lançar um álbum somente de covers no próximo mês, para celebrar o "Record Store Day" americano.
O álbum com o título de "Medium Rare" será lançado dia 16 de Abril, nas lojas participantes.
Entre algumas faixas estão: Paul McCartney & The Wings, Pink Floyd, Prince e outros artistas que a banda já fazia covers em suas apresentações ao vivo.
Tracklist


'Band On The Run' (Paul McCartney and Wings)
'I Feel Free' (Cream)
'Life Of Illusion' (Joe Walsh)
'Young Man Blues' (Mose Allison)
'Bad Reputation' (Thin Lizzy)
'Darling Nikki' (Prince)
'Down In The Park' (Gary Numan)
'Baker Street' (Gerry Rafferty)
'Danny Says' (The Ramones)
'Have A Cigar' (Pink Floyd)
'Never Talking To You Again' (Husker Du)
'Gas Chamber' (Angry Samoans)
'This Will Be Our Year' (The Zombies)

quarta-feira, 9 de março de 2011

Aerosmith irá gravar novo álbum ainda este ano

Steven Tyler pode estar focado em ser o jurado do programa americano American Idol , mas declarou que está planejando o retorno do Aerosmith, com um novo álbum inédito em 7 anos.
Em seu twitter, Tyler anunciou que a banda está voltando ao estúdio no verão americano para gravar o sucessor de Honkin On Bobo, após rumores que o Aerosmith irá sair em turnê este ano.
Tyler que esteve em uma relação tumultuada com os outros integrantes da banda no ano passado. Quando entrou na reabilitação no ano passado, Tyler ameaçou com processo os outros integrantes da banda, caso eles entrassem em turnê sem ele. Quando Tyler voltou ao grupo para uma série de shows, voltou especificamente para arrumar encrencas com seus companheiros de banda, chegando ao ápice de Joe Perry entrar no palco durante "Love In Elevator" somente para dar um empurrão em Tyler.
Nunca a expressão: "A seguir, cenas do próximo capítulo..." foi tão usada ultimamente.

Gwyneth Paltrow planeja lançar um álbum de Country Music

Gwyneth Paltrow está próximo de assinar um contrato com uma gravadora para lançar um álbum de country.
A estrela de "Seven" e "Shakespeare Apaixonado", e que estréia seu novo filme "Love Song" nos próximos dias, sobre um músico recém saído da reabilitação, afirmou que, está em negociações avançadas com a Atlantic Records para o lançamento de um álbum de Country.
Segundo notícia publicada no New York Times, o agente de Paltrow está em negociações com vários selos para a assinatura de um contrato para o lançamento do álbum.

terça-feira, 8 de março de 2011

Classicos - David Bowie - The Rise And Fall Of Ziggy Stardust And The Spiders From Mars (1972)















Selo: RCA
Produção: David Bowie - Ken Scott
Nacionalidade: Inglaterra
Duração: 38:29

Com Ziggy..., David Bowie redefiniu o conceito masculino de estrela do rock. A capa mostra o cantor como um ser andrógino, magro, de cabelo curto, num beco lavado pela chuva (embora, no estúdio, ele ainda usasse as longas madeixas da época do álbum anterior, Hunky Dory). Com a guitarra pendurada no pescoço, ele parece um alienígena enviado ao insípido planeta Terra, para trazer o rock 'n' roll (tirada da Hedon Street, em Londres, a foto originalmente em preto-e-branco foi colorizada, para ficar com o visual dos quadrinhos de ficção científica dos anos 50).
Ziggy... é o único disco de glam rock que resistiu à passagem do tempo. Os riffs e os solos arrojados do guitarrista Mick Robinson - arrepiantes em "Moonage Daydream", "Suffragette City" e na faixa-título - ajudaram a definir o som glam. Os vocais de Bowie mudam a cada canção - às vezes reflexivos, às vezes refinados, desesperados ou extasiados. Ziggy... contém altas doses de ambigüidade sexual e imagens espaciais, mas o álbum está ancorado numa música sólida e em arranjos cuidados e bem elaborados.
O LP pode ter, na época, soado como um lampejo do futuro. Ao assumir o papel de um inquieto outsider do rock 'n' roll, Bowie se conectou, ao mesmo tempo, aos adolescentes e aos críticos (A Rolling Stone deu ao álbum "nota 99, de 1 a 100"). A Inglaterra e o Estados Unidos se apaixonaram por Ziggy - assim como os punks e os new romantics, mais adiante, que se identificaram com sua ambigüidade sexual do personagem e sua aparência extravagante.

Tracklist
01 Five Years 4:42
02 Soul Love 3:34
03 Moonage Daydream 4:40
04 Starman 4:10
05 It Ain't Easy 2:58
06 Lady Stardust 3:22
07 Star 2:47
08 Hang On To Yourself 2:40
09 Ziggy Stardust 3:13
10 Suffragette City 3:25
11 Rock 'n' Roll Suicide 2:58

Clássicos: The Doors - The Doors (1967)














Selo: Elektra
Produção: Paul A. Rothchild
Nacionalidade: EUA
Duração: 43:25

A profunda influência exercida pelo The Doors na evolução do rock no final dos anos 60 pode ser atribuída não apenas ao vocal apaixonante, à poesia sombria e ao carisma pessoal de Jim Morrison, mas também à integração certeira entre o teclado de Ray Manzarek, a guitarra de Robby Krieger e a bateria de John Densmore. Morrison era a cara do grupo (quase que literalmente: na capa do disco, a foto de Guy Webster reduz os outros integrantes a meros satélites), mas o impacto deste álbum está efetivamente na interação entre os quatro músicos.
O The Doors reuniu uma rica variedade de estilos - incluindo rock, blues, jazz e flamenco. A faixa de abertura "Break On Through" é um apelo apaixonado a geração psicodélica, enquanto a hipnótica "Soul Kitchen" apresenta mudanças sutis na dinâmica da música, o que tornaria uma característica do grupo. "The Crystal Ship" mostra o lado crooner de Morrison (Sinatra era um de deus ídolos), em contraste com o trabalho fascinante de Manzarek no teclado. De fato, o The Doors estava tão seguro de sua competência musical que as versões de "Alabama Song", de Brecht/Weill, e do blues "Back Door Man" parecem originais.
As duas faixas mais longas fizeram a fama da banda (e ajudaram o disco a chegar ao segundo lugar da parada americana). "Light My Fire", uma das músicas mais reinterpretadas do grupo (chegou ao primeiro lugar dos Estados Unidos, numa versão editada), é um glorioso hino, com influências jazzísticas ao desejo sexual. Mas é com "The End" que o ethos do The Doors chega à plenitude - um épico edipiano de luxúria e morte, com 11 minutos de duração, no qual o grupo oferece um surpreendente contraste polimórfico e cristalino a narrativa cativante de Morrison.
O rock-teatro começa aqui.

Tracklist
Break On Through (To The Other Side) 2:25
Soul Kitchen 3:30
The Crystal Ship 2:30
Twentieth Century Fox 2:30
Alabama Song (Whisky Bar) 3:15
Light My Fire 6:50
Back Door Man 3:30
I Looked At You 2:18
End Of The Night 2:49
Take It As It Comes 2:13
The End 11:35

segunda-feira, 7 de março de 2011

Peter Hook toca na integra álbum do Joy Division

Peter Hook e sua banda Peter Hook's The Light irão tocar na íntegra o álbum Closer Joy Division lançado em 1980.
Hook que foi baixista da banda, se apresentarão no dia 18 de Maio na Factory, em Manchester - Londres.
Um EP com quatro músicas será chamado "1102/2011", e será lançado dia 2 de maio, com as músicas "New Dawn Fades", "Insight" e "Atmosphere" e ainda uma música inédita data de 1977, nunca lançada pela banda, "Pictures In My Mind".
Hook fará os vocais na velha-nova música, enquanto a cantora Rowetta fará o vocal nas outras 3 faixas.

Clássicos - Billie Holiday - Lady In Satin (1958)















Selo: Columbia
Produção: Irving Townsend
Nacionalidade: EUA
Duração: 39:10

Será que Lady In Satin é apenas um retrato voyeurista de uma artista em declínio ou um pedaço visceral da alma exposta de uma das mais talentosas cantoras de jazz? Admitindo qualquer uma dessas hipóteses, o fato é que o vigor das gravações da "Lady Day" para a Verve, em 1930, já ia de longe sendo substituído pela amargura de uma cantora lutando contra o sério vício em heroína. Holiday estava agora mais para uma senhora de 70 anos do que para uma estrela de 40 anos tentando aos poucos retomar a carreira, e o arranjador Ray Ellis não estava, a princípio, nada satisfeito com sua voz cheia de falhas.
No entanto, ao desnudar standards como "You Don't Know What Love Is" e "Glad To Be Unhappy" até sobrar apenas a emoção, Holiday canaliza seu orgulho junkie para os blues mais sinceros já gravados. São canções-guia, diferentes de tudo que o jazz já havia cantado antes: o amor é pintado como loucura, desespero, resignação, com uma brutal honestidade. Não é surpresa que este seja o disco favorito de Holiday e tenha se tornado o testamento e o desejo final de um mito.
Os arranjos de cordas "acetinados" de Ellis parecem querer expor as cicatrizes da voz de Holiday, mas, na verdade, acentuam sua habilidade singular para colocar swing em qualquer acompanhamento, mesmo os mais cafonas. Quando ela estica as sílabas até um suspiro de reprovação em "I'm A Fool To Want You", é como se estivesse perdida nas suas próprias freqüências do blues. Há algo de fascinantemente terrível neste álbum, tão hipnótico e angustiante como assistir a um viciado se drogando. Mas em Lady In Satin não existiram, nas décadas seguintes, divas como Nina Simone ou Janis Joplin, dispostas a abrir seu coração sem concessões.

Tracklist

01 I'm A Fool To Want You 3:23
02 For Heaven's Sake 3:26
03 You Don't Know What Love Is 3:48
04 I Get Along Without You Very Well 2:59
05 For All We Know 2:53
06 Violets For Your Furs 3:24
07 You've Changed 3:17
08 It's Easy To Remember 4:01
09 But Beautiful 4:29
10 Glad To Be Unhappy 4:07
11 I'll Be Around 3:23

sexta-feira, 4 de março de 2011

Clássicos - Miles Davis - Birth Of Cool (1957)














Selo: Capitol
Produção: Pete Rugolo
Nacionalidade: EUA
Duração: 37:56

Ano de 1949: saído de baixo das asas de Charlie "Bird" Parker e Dizzy Gillespie, Miles Davis, aos 24 anos, percebe que está perdendo tempo ao tentar replicar os vôos harmônicos vertiginosos de seus mentores do bepop. A solução: juntar um bom time de músicos de estúdio de Nova York e tentar reconstruir e desconstruir o vocabulário bepop num espaço novo de improvisação. E espaço, para Miles, é o lugar fundamental de criação n esta sua primeira sessão de jazz como lider de banda.
Entrelaçando os tons surdos de seu trompete com os arranjos orquestrais e urbanos ao gosto de Gil Evans, Gerry Mulligan e John Lewis, Miles dá forma a um harmônico cool jazz, que bebe tanto da música clássica européia como do hot jazz do bebop ou do ragtime. Seu solo de trompa, sem vibrato, na música de abertura, "Move", abre o caminho para uma série de poemas em tom impressionista, uma resposta velada ao excesso de acordes do bebop. Mas é uma música cool com balanço: é só ouvir Miles interagindo com o leve sax alto de Lee Konitz em "Jeru".
O fotográfo Aram Avakian capta com precisão o jogo entre a frieza controlada e o poder emocional concentrado na música de Miles na simbólica foto da capa do disco. Os críticos tambem identificaram a "quietude audaciosa" do álbum - o público, no entanto, não gostou. O estilo cool foi deixado de lado álbum - o público, no entanto, não gostou. O estilo cool foi deixado de lado até sua ressurreição no revisionismo feito na Costa Oeste dos grupos de meados dos anos 50. E Miles? Ele levou sua música cool para o cinema, no filme Ascensor Para o Cadafalso (1957), de Louis Malle, apurando esse estilo até chagar à sua obra-prima Kind Of Blue (1959), numa carreira voltada para a colaboração musical e a renovação da linguagem.

Tracklist

01 Move 2:33
02 Jeru 3:13
03 Moon Dreams 3:19
04 Venus De Milo 3:13
05 Budo 2:34
06 Deception 2:49
07 God Child 3:11
08 Boplicity 3:00
09 Rocker 3:00
10 Rocker 3:06
11 Israel 2:18
12 Rouge 3:15
13 Darn That Dream 3:25