sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Feliz Ano Novo

Este humilde blog deseja a todos os seus leitores e amigos:


Um Feliz Ano Novo, repleto de alegrias, felicidades, saúde, sorte e dinheiro no bolso, porque ninguém é de ferro né.



Abraços,

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Clássicos - The Rolling Stones - Exile On Main St (1972)


















Selo Rolling Stones Records
Produção Jimmy Miller
Nacionalidade Inglaterra
Duração 66:25

Em 1972, os Stones eram foras-da-lei - se bem que, agora estavam fugindo dos impostos, e não dos demônios que os haviam perseguido três anos antes - e só aqueles de estomago forte conseguiam acompanha-los. Quando a banda cbhegou à vila de Keef, no Sul da França, levava junto apenas os amigos mais chegados, mas os 12 meses de gravação e mixagem de Exile On Main St., cobraram seu tributo. Havia, como sempre, o álcool e as drogas. Eles tinham escolhido morar e viver juntos numa mansão desconfortável  - um antigo quartel-general dos nazistas  -, o que acabou sendo um inferno. A decisão de Mick de desaparecer com Bianca só colaborou com o mal-estar geral.

Exile On Main St. foi, portanto, uma criação de Richards, mas ele não teria feito nada sem o melhor time de músicos de apoio com o qual já havia tocado: Jimmy Miller (produção e percussão) e Nicky Hopkins (piano), Bobby Keys (Saxofone), Jim Price (Trompete e Trombone) estão presentes em todo o disco, fazendo um som relaxado que tanto esconde quanto valoriza a música. O conhecido fotográfo Robert Frank, foi contratado para criar a capa do álbum, seguindo a linha "e nós é que somos esquisitos?". Depois ele acompanhou a turnê da banda pelos Estados Unidos para fazer um road movie, Cocksucker Blues, mas quando os Stones viram o copião, perceberam claramente a diferença entre ser sexy e machista, e cancelaram o trabalho.

E música? A banda odiou o álbum, mas para quem gosta de rock, o DNA do gênero está todo ali, espalhado por aqueles quatro lados (Edição em Vinil) muito melhores do que The White Album. Nem tudo o que se ouve falar do disco é verdade, mas é melhor acreditar na lenda. Os Stones nunca mais seriam tão bons.

01 Rocks Off 4:30
02 Rip This Joint 2:22
03 Shake Your Hips 2:57
04 Casino Boogie 3:31
05 Tumbling Dice 3:42
06 Sweet Virginia 4:25
07 Torn & Frayed 4:16
08 Sweet Black Angel 2:52
09 Loving Cup 4:21
10 Happy 3:02
11 Turn On The Run 2:34
12 Ventilator Blues 3:24
13 I Just Want To See His Face 2:51
14 Let It Loose 5:16
15 All Down The Line 3:47
16 Stop Breaking Down 4:34
17 Shine  A Light 4:14
18 Soul Survivor 3:47

Clássicos - Amy Winehouse - Back to Black (2006)
















Selo Island
Produção Mark Ronson - Salaam Remi
Nacionalidade  Grã-Bretanha
Duração 34:55

Um camaleão do jazz, Amy Winehouse desceu ao quinto dos infernos via Motown e grupos vocais femininos dos anos 60, para produzir seu segundo álbum, Back to Black, ganhador do Grammy. Graças a esse esforço, criou uma brilhante obra-prima, importante não apenas em seu próprio tempo, mas também como uma matriz  do que é soul para as próximas gerações.

Mesmo sendo uma obra-prima, Back to Black não é das coisas mais fáceis de se ouvir, e a produção compartilhada por Mark Ronson e Salaam Remi (Responsáveis pelos acertos e mexidas em Frank, o disco de estréia) não dilui em nada os defeitos muito humanos de Amy. A faixa de trabalho "Rehab", envolvente, um tributo a Phil Spector, se retorce e bate seus pézinhos metálicos em  cada "No, no, no". Desafiadora, recheada de sopros, "I'm No Good" desliza provocantemente pelos ouvidos até dar uma guinada e se transformar em um soul crepuscular. "Me & Mr. Jones" cospe e uiva ante a "sacanagem" que a antagonista enfrenta, e a faixa é dominada pelo som de batidas que simulam a aceleração dos batimentos cardíacos de Amy ao vislumbrar seu amor perdido de caso novo. La Winehouse claramente não é fácil de se derrubar como uma estrelinha pop qualquer.

Quando os metais saem de cena, é aí que o disco se torna verdadeiramente belo. Lamentos tocantes como "Love Is A Losing Game" e "Wake Up Alone", com sua delicada produção e doçura vacilante, são tão inovadores quanto despojado.

Queen of Stone Age - Novo álbum em Janeiro/2011

O tecladista Dean Fertita revela que "todo mundo parece estar animado e pronto para ir".


O Queens Of The Stone Age estão em acordo estão prontos  para começar a gravar um novo álbum em janeiro/2011

O tecladista Dean Fertita revelou que a banda está "pronto para ir" para o que será o primeiro álbum de estúdio desde 2007, ano de lançamento de  "Era Vulgaris".

"Todo mundo está animado e pronto para ir", disse à Billboard Fertita. "Temos muitas idéias que  já começaram a acontecer, eu acho que nós vamos ver
qual acaba por ser a favorita de todos. "


"É muito ainda a banda de [Josh Homme]", continuou ele. "Mas eu acho que todos nós realmente sentimos, como nós encontramos o nosso espaço na mesma e poder contribuir para isso também. "

A data de lançamento e o título ainda não foram definidos ou anunciados.

Enquanto isso, a banda recentemente teve reeditado o seu álbum de estréia auto-intitulado "Queen Of Stone Age" lançado em 1998, e no início deste ano também lançou uma edição de aniversário do seu segundo LP, "Rated R".





quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Clássico - Kraftwerk - Trans-Europe Express (1977)















Selo Kling Klang / EMI
Produção Ralf Hütter - Florian Scheinder
Nacionalidade Alemanha
Duração: 42:44

Um fascinante retrato da elegância e decadência, viagem e tecnologia, Trans-Europe Express é a celebração atualizada do passado romântico da Europa e deu futuro incerto. A maravilhosa visão panorâmica de "Europe Endless" define o disco, enquanto o senso de humor negro do Kraftwerk, nem sempre reconhecido, surge em "Showroom Dummies"; uma resposta oblíqua aos que criticavam sua imagem de uma banda sem emoção. Há ainda uma rara incursão ao macabro na comédia lúgubre de "Hall Of Mirrors".

Nesse período, Bowie fazia parte do exército de fãs famosos do Kraftwerk e homenageou o grupo no clássico álbum Heroes de sua fase em Berlin. Hütter e Schneider retribuíram o favor na faixa título  de Trans-Europe Express citando Bowie e Iggy Pop, uma locomotiva incansável, impulsionada por pistons, que imita o som de um trem correndo pelos trilhos numa intensidade quase trance.

O sexto álbum do Kraftwerk, com sua utilização inovadora de uma então primitiva tecnologia de sequenciador, ajudou a moldar o espaço musical que preencheu o vácuo depois do punk rock, atraindo para a música eletrônica toda uma nova geração de consumidores. "Metal On Metal", com seu som de metais se chocando, e a faixa irmã "Trans-Europe Express" foram uma influência-chave para o hip hop e para a música eletrônica e industrial. O Dj Afrika Bambataa sampleou essas batidas e as melodias com os movimentos eletrônicos e da dance music para fazer "Planet Rock", um hit do hip hop, de 1982. Mais uma vez o som do Kraftwerk estava muito além do seu tempo.

Clássicos - Neil Young - Harvest (1972)















Selo: Reprise
Produção: Elliot Mazer
Nacionalidade: Canadá
Duração: 37:10


Harvest é um álbum que evoca com perfeição tanto o otimismo decadente do movimento da contracultura de São Francisco como o crescente cinismo da geração de Watergate. É, até hoje, um dos maiores sucessos comerciais do universo country-rock da Costa Oeste, tendo ficado em primeiro lugar nas paradas americanas e britanicas. Ainda assim, sua importância quase foi esvaziada previamente pelo Byrds e pelo Buffalo Springfield.

O disco, sem dúvida, prenunciou o auge criativo que Young atingiria na década de 70. As harmonias vocais de Linda Ronstadt e James Taylor garantiram o sucesso comercial do single "Heart Of Gold", algo que assustou o próprio Young que ele tirou a música do repertório de seus shows por três decadas. "Por causa dessa canção, fui parar na estrada da fama", escreveu ele. "Isso logo virou uma chatice e eu peguei um desvio."

Além dessa faixa, Harvest contém alguns dos melhores retratos poéticos traçados por Young, do escárnio em banho-maria de  "Alabama" - uma denúncia ácida sobre a corrupção no Sul dos Estados Unidos - à encantadora e intimista "The Needle And The Damage Done" e à tocante, quase sentimental, "Old Man", escrita em homenagem ao caseiro do rancho de Young. Harvest muitas ameaça descambar para um country enjoativo, mas, no final das contas, acaba brilhando pela força de seu gênio criador.

Não foi surpresa que Young procurasse se afastar do sucesso retumbante do álbum. A maior parte de seu trabalho nos anos 70 seguiria com uma visão mais insidiosa dos Estados Unidos, através de experiências no campo do punk e do blues. Harvest, no entanto, permanece como o retrato da maioridade da geração do Baby Boom.

01 Out Of Weekend 4:35
02 Harvest 3:03
03 A Man Needs a Maid 4:00
04 Heart Of Gold 3:05
05 Are You Ready For The Country 3:21
06 Old Man 3:22
07 There's A World 3:00
08 Alabama 4:02
09 The Needle And The Damage Done 2:00
10 Words (Between The Lines Of Age) 6:42

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Festival Planeta Atlantida

Da Revista Rolling Stone


Data do Show: 14/01/2011
Local: Sapiens Parque e Sede Campestre da Saba
Cidade: Canasvieiras (SC) / Atlântida (RS)


O Planeta Atlântida 2011 passa pela praia de Canasvieiras, em Santa Catarina, onde a festa será nos dias 14 e 15 de janeiro. Lá, as atrações já confirmadas são: Life is a Loop, Santograau + Nego Joe, Restart, Nando Reis, Guilherme & Santiago, Charlie Brown Jr., Jeito Moleque, Iriê + Dazaranha, Michel Teló, Chimarruts, Capital Inicial, Armandinho, Luan Santana, Monobloco, Infected Mushroom e Soldiers of Jah Army (SOJA). Depois, a festa segue para Atlântida, no Rio Grande do Sul, nos dias 11 e 12 de fevereiro. 


Site: http://www.planetaatlantida.com.br/

Clássicos - Johnny Cash - Johnny Cash At Folson Prison (1968)
















Selo Columbia
Produção Bob Johnston 
Nacionalidade EUA
Duração 44:49

Que venha a hora, que venha o Homem de Preto! O ano de 1968 foi maravilhoso para Johnny Cash, marcando o fim de um período desnorteado durante o qual sua música foi marginalizada pelo establishment  do country e seus problemas pessoais chegaram a um problema crítico.  Ele conheceu June Carter, filha de uma das famílias mais tradicionais do country, com quem se casou naquele ano, e ela o ajudou a vencer o vicio em anfetaminas. Em janeiro, Cash gravou At Folsom Prison, seu primeiro album de sucesso em cinco anos.

A atuação de Cash diante de dois mil detentos (e de um considerável contigente de guardas fortemente armados) na perigosa penitenciária da Califórnia é cheia de tensão. Ao começar com "Folsom Prison Blues" - um sucesso de 1956, de compreensível importância para a platéia - , Cash se apresenta como um deles, excluindo os carcereiros e os guardas ali presente. Quando grita desafiadoramente, em "25 Minutes To Go": "Well I Laughed in [the sheriff's] face and i spit in his eye"("Eu ri na cara [do xerife] e cuspi em seu olho"), a multidão ruge, em aprovação,  e ele quase ultrapassa os limites.

Mas as músicas foram bem escolhidas pelas autoridades, porque as histórias de Folsom falam das duras lições e das pernas para se alcançar a redenção - como nos lamentos do ex-presidiário à beira da morte em 
"Give My Love To Rose", ou na eletrizante "Greystone Chapel", ma homenagem à igreja de Folsom escrita pelo preso Glen Sherley, que Cash menciona antes de começar a cantar.

É a música de um homem de volta ao topo.

Rock In Rio 2011 - Shows Confirmados



Shows confirmados até a data de hoje:

Stone Sour
Motörhead
Slipknot
Coheed and Cambria
Coldplay
Snow Patrol
Red Hot Chili Peppers
Metallica
NX Zero
Capital Inicial
Sepultura
Angra
Skank
Marcelo Camelo
Céu
Arnaldo Antunes
Erasmo Carlos
Cidadão Instigado
Tulipa Ruiz
Tiê e Letieres Leite
Orkestra Rumpillez




O Rock in Rio 2011 acontecerá  no Rio de Janeiro (Não, não é óbvio) nos dias 23,24,25 de Setembro e nos dias 2,3 e 4 de Outubro.  23,24,25 de Setembro e 30 de Setembro, 1 e 2 de Outubro.


Gorillaz lançam album feito exclusivamente pelo iPad

Da Folha de São Paulo



Gorillaz disponibiliza primeiro álbum feito em iPad para audição na internet


DE SÃO PAULO

A Banda Gorillaz lançou nesta terça-feira o que o seu líder, Damon Albarn, afirma ser o primeiro álbum da história gravado com aplicativos do iPad.
O disco "The Fall" pode ser ouvido no site oficial. Para ouvir, é preciso preencher um formulário com alguns dados pessoais.
"The Fall" tem 15 faixas produzidas pela banda com os produtores Stephen Sedgwick e Mike Smith e foi gravado em cerca de 30 dias durante a turnê norte-americana no segundo semestre de 2010. Este é o quarto trabalho da banda.
A banda divulgou na semana passada a lista dos aplicativos usados. Entre eles, Speak It!, SoundyThingie, Mugician, Solo Synth, Synth, Funk Box, Gliss, AmpliTube, Xenon, iElectribe, BS-16i, M3000 HD, Cleartune, iOrgel HD, Olsynth, StudioMiniXI, BassLine, Harmonizer, Dub Siren Pro e Moog Filatron.
Ainda não há previsão do lançamento da versão física do álbum.

Bob Dylan - Hurricane

Ano: 1976
Produção: Don DeVito
Gravadora: Columbia



Hurricane (Dylan/Jacques Levy) 8:32
A batida do violão, um pouco de violino cigano, então vem a seção ritmica e Dylan entra à toda. A música é implacável por mais de oito minutos, como uma série de socos no plexo solar. O boxeador Rubin "Hurricane" Carter foi condenado por assassinato em 1967 e encarcerado em uma minuscula cela de metal numa penitenciária em Trenton, Nova Jersey. Depois de ler sua autobiografia, The Sixteeth Round, Dylan visitou Rubin na prisão. "E nós conversamos por horas a fio. Percebi que a filosofia  dele e a minha corriam na mesma estrada, e não é comum encontrar pessoas assim. Tomei notas porque eu não tinha consciência de todos os fatos. Pensei que, em algum momento poderia condensar tudo isso em uma canção."

Levy confirmou que "foi de Bob a idéia de escrever uma música sobre Hurricane. Tentei fazer quase que o papel de advogado e contar a história ao júri. É claro, que para isso, seriam necessários muitos detalhes". E júri  algum deixaria de dar o veredicto de inocente, depois dessa exposição forense. Foi a primeira canção de protesto de Dylan desde "George Jackson" e um sinal de que ele não havia abandonado sua busca por obter justiça através do poder da música popular. A gravação se equipara a esse espirito, urgente e lo-fi, mesmo no CD remasterizados.

A revista MOJO afirmou que "os quartetos rosnados [de Dylan] precedem em décadas o advento da poesia slam. É pura paixão poética, entregue por meio das manchetes gritantes de um tablóide". Jeff Tweedy concorda: "Só acontece uma vez a cada dez anos alguém cantar uma música como essa. Talvez todas do primeiro disco dos Sex Pistols tenham esse tipo de intensidade. Ele está com raiva, e Dylan está em sua melhor forma quando está com raiva."

Ouça Aqui

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Clássicos - Os Mutantes (1968)
















Selo Polydor
Produção Manoel Barenbein
Nacionalidade Brasil
Duração 35:59


Para o resto do mundo, o Brasil significava futebol, belos corpos e bossa nova. A frase "Ditadura Militar Repressora" aparecia em poucos guias turísticos. A chegada dos hippies no verão de 1967, trouxe a contracultura para o foco das atenções, com resultados devastadores. Liderados por jovens compositores como Gilberto Gil e Caetano Veloso, os "tropicalistas" pegaram tudo o que tinham ouvido em Londres e São Francisco e fizeram a coisa do seu jeito. A direita odiou os seus cabelos, sua moralidade e as drogas; a esquerda detestou como eles corromperam a música brasileira de raiz.

Os Mutantes flutuavam nesse redemoinho - Rita Lee e os três irmãos Baptista (apenas dois apareciam no palco). Quer saber de uma esquisitice? Dois minutos depois de começar a faixa de abertura, "Panis Et Circenses", o toca discos parece diminuir a rotação e parar. Quando a pessoa levanta para ver o que aconteceu, o aparelho volta a à vida. E, quando se senta novamente, a música termina com os ruídos da banda fazenda uma refeição - uma sonoplastia da sala de jantar mencionada na letra.

A iluminada "A Minha Menina" vem a seguir, com as guitarras distorcidas e efeitos eletrônicos feitos a mão pelo terceiro irmão Baptista. Parece um pop perfeito para ser tocado em Copacabana, mas os hippies estavam sendo fisicamente atacados de todos os lados, Em 1968, o governo brasileiro adotou o estado de exceção. Gilberto Gil e Caetano Veloso se exilaram; o Tropicalismo evaporou. Os Mutantes, claramente incapazes  de liderar qualquer revolução, continuaram, e na verdade, cresceram em popularidade no início dos anos 70. Devem ser lembrados pela insana "Bat Macumba" (o samba "Tomorrow Never Knows") e "Baby"(uma "Eleanor Rigby" erótica).

01 Panis Et Circense 3:38
02 A Minha Menina 4:41
03 O Relógio 3:29
04 Adeus Maria Fulô 3:04
05 Baby 2:59
06 Senhor F 2:33
07 Bat Macumba 3:08
08 Le Permier Bonheur Du Jour 3:37
09 Trem Fantasma 3:16
10 Tempo no Tempo (Once Was A Time I Thought) 1:47
11 Ave Genghis Khan 3:47

Tom Waits lança Vinil de 78 RPM





Tom Waits e o New Orleans Preservation Hall Jazz Band gravaram duas canções em prol da organização musical Music Outreach Programme. Os registros - assinados e numerados individualmente pelo diretor criativo da Preservation Hall Ben Jaffe - serão lançadas em edição limitada em vinil 78 RPM.


Tootie Ma Was A Big Fine Thing, Corrine Died On The Battlefield são dois cânticos indianos do Mardi Gras (Carnaval típico de Nova Orleans)  originalmente gravadas por Danny Barker em 1947 foram regravadas por Waits e a banda de Jazz em Nova Orleans em 2009.



Claro, você vai precisar de um toca discos antigo  para  ouvir o disco, razão pela qual os primeiros cem exemplares vendidos serão  embalados com um toca discos portátil de 78rpm.


Os discos individuais serão divulgados através do site Preservation Hall e já estão disponíveis desde de 20 de novembro e custam 50 dólares, enquanto o pacote de luxo (78rpm com toca discos incluído) tem o preço por volta de  US $ 200. Se você viver ou passar por  Nova Orleans, poderá comprar as duas edições em pessoa na administração da  Preservation Hall.

Toda a renda irá para a Preservation Junior Hall Jazz & Heritage Brass Band. A Câmara Técnica foi fundada em 1961 para proteger honrar jazz de Nova Orleans.

Clássicos - The Rolling Stones - Beggars Banquet (1968)














Selo Decca
Produção Jimmy Miller
Nacionalidade Inglaterra
Duração: 39:43

Os dois anos anteriores não tinham sido particularmente bons para os Stones. Mick Jagger e Keith Richards foram presos na casa de Keith em Sussex, o que resultou num processo judicial nocivo para a sua imagem. O uso de drogas e repetidas detenções transformaram Brian Jones, o primeiro lider da banda, numa sombra do músico multitalentoso que havia sido. E eles haviam perdido o bonde da história psicodélica com o desorientado Their Satanic Majesty's Request.

Desse caos nasceu Beggars Banquet. Os Stones deixaram de lado a parafernália psicodélica dos estúdios e voltaram às suas raízes no blues e no country para produzir um disco acústico clássico, que também dava pistas do caminho mais sombrio que sua música tomaria um pouco mais tarde. A elegante "Jumpin' Jack Flash" os levou ao primeiro lugar das paradas em dois anos e nela está um de seus riffs mais famosos. "Street Fighting Man" aderiu ao movimento em 1968, um gesto de apoio aos protestos estudantis e a desobediência civil. A épica "Simpathty For The Devil" une uma letra infame a uma despojada batida de samba e terreiros de candomblé da Bahia. Há que se destacar a ausência de Jones do disco, embora sua slide guitar em "No Expectations" seja uma lembrança de glórias passadas.

A capa do álbum é um convite simples ao banquete do título, apesar de o fundo branco, remeter à obra-prima dos Beatles, conhecida como Álbum Branco, lançada algumas semanas antes. Mas isso não interferiu. O disco dos Stones vendeu aos milhares nos Estados Unidos e na Inglaterra.

O sombrio country blues de Beggars Banquet se tornou a marca registrada do grupo, que os Rolling Stones exploraram a exaustão de nos seus três álbuns posteriores. Os quatros anos seguintes, até o lançamento de Exile On Main St., de 1972, anda permanecem como sua época de ouro.

01 Simpathy For The Devil 6:18
02 No Expectations 3:58
03 Dear Doctor 3:22
04 Parachute Woman 2:20
05 Jigsaw Puzzle 6:06
06 Street Fighting Man 3:16
07 Prodigal Son 2:52
08 Stray Cat Blues 4:37
09 Factory Girl 2:09
10 Salt Of The Earth 4:47

domingo, 26 de dezembro de 2010

Clássicos: Depeche Mode - Violator















Selo: Mute
Produção: Depeche Mode / Flood
Nacionalidade: Inglaterra
Duração: 46:59

Em março de 1990, o Depeche Mode lançou um novo álbum no que eles presumiram que seria um evento discreto na Warehouse Records, em Los Angeles. Em vez disso, cinco fãs foram hospitalizados quando, segundo dados policiais, 30 mil pessoas apareceram. Não é de se espantar que a turnê seguinte da banda tenha sido chamada de World Violation.

Estranhamente, o álbum que lhes garantiu o superestrelato era muito mais introspectivo que o seu predecessor explosivo, Music For The Masses. Apenas "Personal Jesus" - baseado num groove do músico Gary Gliter - parecia adequada para tocar em estádios.  As outras faixas são as mais atraentes que Martin Gore já compôs, desde a tonalidade Tecno de "World My Eyes", passando pela delicada "Waiting For The Night", até a sombria "Clean" (uma descendente afastada de "One Of These Days"do Pink Floyd). O tempo para trabalhar que Gore tinha conseguido ao lançar, em 1989, um EP de covers chamado Counterfield tinha trazido recompensas. O resultado foram quatro enormes sucessos, dos quais "Enjoy The Silence" teve a maior repercussão internacional.

Sofisticado mas sentimental, Violator eliminou a auto-indulgência das estranheza de Black Celebration e Music For The Masses. Os temas instrumentais não citados na lista de músicas - "Crucified" logo após "Enjoy The Silence" e "Interlude no. 3" após "Blue Dress" - são instigantes e encantadores.

Maravilhosamente produzido por Flood - que também trabalhou com o Nine Inch Nails e o Smashing Pumpkins - o disco é tão coeso que muitos custaram a crer que era mesmo Gore, e não Dave Gahan, quem cantava em "Sweetest Perfection" e "Blue Dress". Parte do crédito quanto à qualidade irrepreensível do disco não pode deixar de ser atribuída aos excelentes teclados de Alan Wilder. Violator mostra o grupo no auge de seu sucesso e continua a soar estupendo atualmente.

01 World In My Eyes 4:28
02 Sweetest Perfection 4:43
03 Personal Jesus 4:56
04 Halo 4:30
05 Waiting For The Night 6:07
07 06 Enjoy The Silence 6:12
08 Policy Of Truth 4:55
09 Blue Dress 5:42
10 Clean 5:28


Clássicos - Beatles - With The Beatles















Selo: Parlophone
Produção: George Martin
Nacionalidade: Inglaterra
Duração: 33:24


Primeiro álbum a vender 1 milhão de cópias na Grã-Bretanha, With The Beatles cimentou a posição inexpugnável dos Beatles no topo das paradas britânicas. Gravado em seis dias entre julho e outubro de 1963, este é um disco que captura a alma ardente de Liverpool de forma brilhante e sem deixar margem a dúvidas. Embora ainda fosse, fundamentalmente, uma seleção de números ao vivo e canções escritas às pressas, o álbum revelou a confiança depositada pela EMI em seu talento, já que nenhuma faixa foi lançada como single - o que era inédito, na época.

A influência da Motown, em particular, é percebida na escolha das versões.  A harmonia de George Harrison e John Lennon em "You Really Got A Hold On Me", dos The Miracles, é sem dúvida, a maior homenagem prestada pelo grupo, e a voz furiosa de Lennon em "Money", de Barret Strong, é de tirar o fôlego. Das músicas compostas pelos Beatles, "Little Child" e "It Won't Be Long" marcam a linha frenética do primeiro álbum, enquanto "All My Loving" é o primeiro classico de Paul McCartney.

No entanto, um momento particularmente mais introspectivo rouba o disco: embora ausente das antologias dos Beatles, "All I've Got To Do" é uma de suas músicas mais intimistas - expondo Lennon em seu melhor estilo direto e cru.

A foto da capa, tirada por Robert Freeman no Bournemouth's Palace Court Hotel em agosto de 1963, é a mais simbólica do grupo e uma das imagens mais características dos anos 60.

With The Beatles teve uma recepção calorosa do público e permanece delicioso e vivo. Com a mesma capa e apenas oito faixas, o disco foi lançado nos Estados Unidos como Meet The Beatles, a estréia da banda no país. Os Beatles estavam a um passo de dominar o mundo.

01 It Won't Be Long 2:11
02 All I've Got To Do 2:01
03 All My Loving 2:10
04 Don't Bother Me 2:29 
05 Little Child 1:45
06 Till There Was You 2:14
07 Please Mr Postman 2:34
08 Roll Over Beethoven 2:44
09 Hold Me Tight 2:29
10 You Really Got A  Hold Me 3:00
11 I Wanna Be Your Man 1:56
12 Devil In Her Heart 2:25
13 Not A Second Time 2:05
14 Money 2:47