Selo: Columbia
Produção: Vários
Nacionalidade: Inglaterra
Duração: 81:11
O punk não conseguiu acabar com o Pink Floyd. Os dias de bandas como o Led Zeppelin, Yes e ELP estavam contados. O Genesis encolheu para sobreviver. Mas o Floyd fazia exatamente o que queria.
Sempre à parte, socialmente, das bandas da época (com exceção, por estranho que pareça, do The Who), o grupo procurava, agora, expressar seu distanciamento do público. O resultado: um álbum conceitual sobre um astro pop desiludido que surta e acha que é um lider fascista. Nada que 'Tommy' ou 'Ziggy' já não tivessem feito. E a metáfora central - tijolos - não era exatamente excitante.
Então, a emoção está nos detalhes - uma produção elaborada até mesmo para os padrões do Floyd, vocais no estilo Beach Boys falando sobre a escória e canções concisas, em especial o protesto de 'Another Brick In The Wall Pt. II' e a favorita dos fãs 'Comfortably Numb'.
O álbum foi um megassucesso de vendas, na linha de 'Dark Side Of The Moon'. Ficou seis meses entre os cinco mais vendidos da BillBoard e liderou a parada durante 15 semanas. Duas décadas depois - de acordo com Roger Waters, principal compositor da banda - o disco ainda "vende algo como quatro milhões de cópias por ano".
The Wall é adorado por artistas britânicos como Noel Gallagher, do Oasis, e Robbie Williams, mas também tem legiões de discípulos nos Estados Unidos. Os álbuns duplos dos Smashing Pumpkins e do Nine Inch Nails não existiriam não fosse The Wall; 'Antichrist Superstar', de Marilyn Manson, é seu gêmeo (conceitual) do mal.
O álbum é tão poderoso que pôde suportar uma versão disco de "Comfortably Numb", feita pelas Scissor Sisters, e até ameaças de adaptação na Broadway. Melhor ouvir o álbum logo, antes que seja conspurcado.
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